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Crédito imobiliário inovador: ampliação do financiamento e modernização da poupança

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O governo federal anunciou, nesta sexta-feira (10), um novo modelo de crédito imobiliário, com mudanças nas regras de uso da poupança e ampliação do teto de financiamento habitacional.

O objetivo é aumentar a oferta de crédito para a classe média e modernizar o sistema de habitação no país.

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As medidas foram apresentadas durante o evento Incorpora 2025, em São Paulo, e fazem parte de uma reestruturação do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).

Principais mudanças no crédito imobiliário

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Principais mudanças no crédito imobiliário

O novo modelo prevê o fim dos depósitos compulsórios no Banco Central (BC) e transforma o total de recursos da poupança em referência para o volume de crédito habitacional disponível.

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Além disso, o valor máximo do imóvel financiado pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH) passará de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões.

A previsão é que, com as novas regras, a Caixa Econômica Federal financie 80 mil novas moradias até 2026.

Como funciona hoje

Atualmente, 65% dos recursos da poupança captados pelos bancos são destinados ao crédito imobiliário, 15% ficam livres para outras operações e 20% são depositados no Banco Central como reserva obrigatória.

Nos últimos anos, esse modelo perdeu força por causa dos saques da poupança, principal fonte de recursos para o setor.

  • Em 2023, as retiradas líquidas somaram R$ 87,8 bilhões.
  • Em 2024, R$ 15,5 bilhões.
  • E em 2025, já chegam a R$ 78,5 bilhões.

Entre os motivos apontados está a alta da taxa Selic, que incentiva investimentos com maior rentabilidade.

Como será a transição

O novo modelo será implementado de forma gradual até janeiro de 2027. Durante esse período, o percentual de depósitos compulsórios cairá de 20% para 15%, e 5% dos recursos serão direcionados ao novo sistema.

Quando estiver em plena vigência, o total da poupança depositada servirá como base para determinar o volume de crédito imobiliário a ser ofertado pelos bancos, tanto pelo SFH quanto pelo Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI).

Na prática, se uma instituição captar R$ 1 milhão e usar esse valor para financiar imóveis, poderá aplicar o mesmo montante captado na poupança em outras operações, por um prazo determinado.

Acesso ampliado e juros limitados

O novo modelo estabelece que 80% dos financiamentos habitacionais devem seguir as regras do SFH, que têm juros limitados a 12% ao ano.

A medida também aumenta a concorrência no setor, permitindo que instituições que não captam poupança ofereçam crédito imobiliário em condições equivalentes às demais.

Impactos esperados

Com as mudanças, o governo pretende estimular a retomada do crédito habitacional, facilitar o financiamento de imóveis de médio padrão e fortalecer o mercado de construção civil.

Segundo o comunicado oficial, a modernização das regras do SBPE deve tornar o sistema mais eficiente e sustentável, ao vincular diretamente o crescimento da poupança à expansão do crédito imobiliário.

Fonte: cenariomt

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