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Mato Grosso

Vítima carbonizada em Campinápolis é identificada por exame de papiloscopia: entenda o caso

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Um trabalho técnico-científico minucioso permitiu à Politec de Água Boa identificar, por meio de papiloscopia, a vítima de um acidente que teve o corpo carbonizado em Campinápolis, conforme divulgado pela Polícia Civil de Mato Grosso. O homem foi identificado como Juarez Mendes de Oliveira, morador da cidade, sem necessidade de exame de DNA.

O acidente ocorreu na rodovia MT-251, a cerca de um quilômetro da BR-158, no trevo de acesso a Campinápolis, no dia 4 de outubro. Segundo informações oficiais, Juarez pilotava uma motocicleta quando o veículo se envolveu em um incêndio após a colisão, deixando o corpo completamente carbonizado.

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Técnica de identificação

O papiloscopista criminal Fabrício Tarso, responsável pelo exame, relatou que, devido à destruição dos tecidos, foi necessário realizar um tratamento químico para recuperar as impressões digitais. “Devido às condições estruturais dos dedos após a carbonização, fez-se necessário um tratamento prévio com ácido acético, no qual as falanges ficaram submersas por 48 horas”, explicou o perito, conforme nota técnica divulgada pela Politec.

Após o processo de maceração química e rebatimento da pele, foi possível extrair um fragmento de epiderme com qualidade suficiente para análise. A imagem obtida foi processada digitalmente e confrontada com o prontuário civil de Juarez, confirmando a identidade com base nas impressões registradas em sua carteira de identidade.

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Contexto e relevância

O uso da papiloscopia em casos de carbonização é considerado um método de alta precisão e agilidade na identificação humana. Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, técnicas biométricas como essa reduzem significativamente o tempo de espera das famílias e colaboram para o andamento das investigações criminais.

De acordo com especialistas da Politec, o método evita a necessidade de exames genéticos demorados e custosos, especialmente em locais de difícil acesso como o interior de Mato Grosso. O caso de Juarez Mendes de Oliveira exemplifica o avanço das ciências forenses no estado, que vem investindo em capacitação e novas tecnologias para identificação humana.

Entenda o processo

  • Maceração química: uso controlado de ácido acético para amolecimento de tecidos danificados.
  • Rebatimento da pele: separação cuidadosa entre epiderme e derme para análise da face interna dos dedos.
  • Confronto papiloscópico: comparação digital com banco de dados de impressões civis e criminais.

O laudo final da Politec foi encaminhado à Delegacia de Campinápolis, que investiga as circunstâncias do acidente.

 

Fonte: cenariomt

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