“Tem que exigir isso do presidente Lula, porque são mulheres que estão morrendo. O presidente tem que olhar para isso. Afinal de contas, ele governa para o Brasil. Ele não governa para um município ou para outro município, ou para um estado ou para outro estado. Ele governa para o Brasil. Então, eu acho que o presidente tem que analisar isso, verificar isso e mudar as leis. Só ele pode fazer com que isso mude”, disparou em entrevista nesta quarta-feira (8).
Questionada sobre a possibilidade de prisão perpétua e pena de morte para casos de feminicídio, a primeira-dama se disse favorável, mas apontou que o Brasil ainda com covive com leis “retrógradas e antigas”. “Eu acho que tem que ter pena de morte para quem matou, constatou que matou”.
No entanto, reconheceu as dificuldades de implementação dessas leis no país. “No Brasil é muito complicado [implantar pena de morte], isso não acontece. Infelizmente, não há leis severas”.
Ela disse ainda que qualquer mudança precisa partir de Brasília e que não depende somente dos governadores ou dos prefeitos. “Tem que ser com os deputados federais, com os senadores”, afirmou.
A primeira-dama também comentou a ineficácia de medidas de proteção, como o botão do pânico, em casos concretos de violência e disse que as leis são muito fracas para proteger as mulheres.
E acrescentou que, mesmo com medidas protetivas e o botão do pânico, as mulheres são surpreendidas por agressores e mortas com requintes de crueldade, independentemente do local em que estejam. “Às vezes a mulher está em um bar com as amigas e o cara chega lá tornozelado, com a mulher tendo botão do pânico, e ela não conseguiu fazer nada”.
“O agressor pode estar na porta da sua casa, na esquina. Ele tem artimanhas. Pode colocar uma polícia para cada mulher, que não conseguimos fazer com que isso não aconteça”.
Fonte: Olhar Direto