Sophia @princesinhamt
Tecnologia

10 mecanismos criativos antipirataria nos games

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A pirataria é o calcanhar de Aquiles de boa parte da indústria do entretenimento. Nos games, ela também faz parte da história, principalmente no Brasil, onde durante muitos anos, foi responsável pela popularização de consoles e jogos por aqui. A prática, entretanto, machuca os lucros e as empresas, por sua vez, buscam diferentes maneiras de impedir o uso de cópias ilegais de seus títulos.

Mecanismos de proteção de cópia, verificação de identidade e direitos autorais são comuns, principalmente quando se joga no PC, enquanto os consoles desbloqueados correm risco constante de banimento e problemas de funcionamento. Mas não para por aí, com muitas desenvolvedoras usando métodos inusitados para zoar os usuários de games piratas, deixando claro que a prática não é recomendada e alertando sobre seus riscos.

Conheça agora alguns mecanismos criativos da pirataria que já fizeram muita gente se perguntar sobre o que estava acontecendo com seus games.

10. Spyro: Year of the Dragon

 

O game lançado em 2000 tinha diferentes métodos antipirataria em sua versão para o primeiro PlayStation, com quase todas as práticas tornando o título injogável. O idioma podia mudar de repente durante as partidas, enquanto o jogador pode perder itens ou ver sua energia reduzida a quase zero em momentos aleatórios.

Ao passar de fase, o jogador poderia ser levado de volta aos estágios iniciais, enquanto o terceiro jogo do dragãozinho roxo também era capaz de apagar ou corromper jogos salvos, também causando um reinício. Spyro: Year of the Dragon era basicamente impossível de ser terminado em sua versão pirata, ainda que comunidades de speedrunners tenham encontrado caminhos alternativos para fazer isso mesmo com os bloqueios.

9. Serious Sam 3

 

Mais um jogo da categoria dos injogáveis em cópias piratas, este é mais um daqueles que tenta atrapalhar a vida de quem tenta experimentar o título de forma alternativa. Logo na primeira fase, o protagonista passa a ser perseguido por uma criatura em forma de escorpião, altamente rápida e letal.

Atirar na criatura não adianta e ela persegue o personagem principal durante todo o tempo, atacando com ferocidade e causando dano até matar o jogador. Assim, a Croteam ensina uma dura lição aos que preferiram não pagar por Serious Sam 3, interferindo completamente na experiência do título lançado em 2011.

8. Batman: Arkham City

 

Um pouco menos descarado, mas igualmente destruidor de experiências é o medo de voar que Batman adquire no segundo capítulo da renomada série Arkham. No game de 2011 para PCs, mas também lançado para PS3 e Xbox 360, é simplesmente impossível planar usando a capa do herói, algo que, como quem jogou sabe, é parte importante e maravilhosa da experiência.

Preso ao chão, o jogador acaba tendo de realizar todas as missões e deslocamento a pé. Batman: Arkham City até pode ser jogado desta maneira limitada, ainda que somente parcialmente, já que em uma das missões obrigatórias para seguir adiante na história, é preciso planar sobre um vazamento de gás letal. É fim de jogo para o Morcego e também para os bucaneiros.

7. The Sims 4

 

O simulador de pessoas que se tornou um dos sucessos absolutos da EA investe na censura para impedir a experiência dos que baixam cópias piratas. Normalmente, durante o banho, um quadro pixelado aparece para proteger as partes íntimas dos personagens durante o banho ou o oba-oba; o problema é que, nas versões falsificadas, tais elementos não desaparecem quando o Sim se veste.

A cada ida ao banheiro, o bloco de censura vai crescendo até tomar conta de toda a tela, tornando The Sims 4 simplesmente injogável. Não adianta recarregar um jogo salvo ou acessar menus, com a única maneira de se livrar do problema sendo reiniciar o game — até, claro, o problema retornar e o jogador adquirir uma versão original do jogo.

6. Crysis Warhead

 

Em vez de atacar os jogadores de um game de tiro de forma implacável, que tal remover completamente a capacidades de eles atacarem os inimigos? Foi o que a desenvolvedora Crytek fez em seu game de 2008, que além de servir como sinônimo de título exigente para os PCs, também marcou pela criatividade de seu mecanismo antipirataria.

Em vez de balas convencionais, as armas do protagonista de Crysis Warhead disparam galinhas nas cópias alternativas. Os tiros se tornam inúteis, e ainda que sejam capazes de atingir e até tontear os oponentes, não são suficientes para acabar com eles, o que torna impossível prosseguir na história. É bonito de ver, mas a ação termina por aí.

5. The Secret of Monkey Island

Aqui, estamos falando de um mecanismo antipirataria que acontece fora do próprio game. Nos anos 1990, piratear um título era ainda mais fácil do que hoje, bastando, simplesmente, fazer uma cópia. A Lucasfilm Games, como se chamava a LucasArts na época, decidiu então criar um minigame com elementos físicos, que vinham na embalagem original, como forma de validar a versão do jogador.

Todas as caixas de The Secret of Monkey Island vinham com uma roleta chamada Dial-a-Pirate, com imagens dos rostos de diferentes personagens do game. Ao ser iniciado, o game solicitava um código referente a um dos protagonistas; o jogador deveria montar o rosto dele no item para obter a sequência numérica. Simples, mas inteligente, principalmente em uma época em que os celulares com câmera não existiam e compartilhar imagens era um bocado difícil.

4. Game Dev Tycoon

Um jogo sobre a indústria de desenvolvimento de jogos encontrou a maneira mais metalinguística possível para lidar com a pirataria. No dia a dia de um estúdio virtual, o usuário encontra diferentes desafios relacionados ao lançamento e produção de um game, mas um deles está disponível somente nas versões alternativas deste título independente.

É ela mesma, a própria pirataria. Ao chegarem na etapa de lançamento de um jogo em Game Dev Tycoon, os usuários veem um sucesso de vendas rapidamente se tornando um fracasso na medida em que os usuários preferem baixar o título da internet em vez de pagar por ele nas lojas. O prejuízo é tamanho que acaba minando o estúdio, o levando à falência e encerrando as partidas.

Em uma anedota curiosa que só adiciona ao mecanismo, usuários da rede social Reddit, à época do lançamento, chegaram a publicar diferentes tópicos sobre o assunto, reclamando que a pirataria era agressiva demais com seus títulos. Sim, eles haviam baixado o game e, agora, reclamavam aos responsáveis que este mesmo ato estava os prejudicando sua experiência.

3. The Witcher 2

 

Além da história ampla, personagens carismáticos e por ser uma das maiores franquias modernas de RPG, a saga da CD Projekt Red também é conhecida por atingir em cheio àqueles que pirateiam seus jogos. No segundo game da série, isso é feito pela substituição das personagens femininas em cenas de romance por uma figura bem peculiar da história.

Durante a pegação, as protagonistas são substituídas por Marietta Loredo, mãe do igualmente asqueroso Bernard. Ela vive em um mundo de loucura e magia negra, sendo suspeita de crimes e incêndios durante sua estadia em um manicômio. Não é alguém, com certeza, com quem os jogadores e o próprio Geralt gostaria de se relacionar desta maneira em The Witcher 2.

2. Alan Wake

Menos invasivo, mas igualmente presente, o mecanismo antipirataria aplicado pela Remedy em um de seus jogos mais consagrados adiciona um acessório exclusivo ao escritor que acaba envolto em um pesadelo que parece ter saído de suas obras. Durante a busca por sua esposa e em busca da própria inspiração, ele estará utilizando um simpático tapa-olho.

A adição gerou reações curiosas, com usuários das cópias piratas de Alan Wake buscando fóruns e comunidades online pedindo ajuda para remover o tapa-olho, enquanto jogadores das versões originais pediam, nestes mesmos locais, que a Remedy permitisse que eles também usassem o acessório. A brincadeira fez sucesso, tanto que foi repetida em outro lançamento da empresa: Quantum Break.

1. Skullgirls

“Vi essa mensagem após terminar a história com Para e Cere, não tenho ideia do que significa…

Isso? Significa que você provavelmente deve comprar o jogo em vez de piratear.”

Aqui, mais do que um mecanismo de impedimento, temos uma identificação que separa os usuários de cópias piratas daqueles que compraram o jogo original. Uma pergunta simples, mas sem sentido algum, aparece em uma caixa de diálogo sempre que o jogador termina a história com uma personagem. “Qual a raiz quadrada de um peixe? Agora estou triste.”

A mensagem cifrada não quer dizer nada além de uma forma de demonstrar quem contribuiu com a desenvolvedora Reverge Labs e envergonhar aqueles que decidiram seguir por caminhos alternativos para jogar Skullgirls. Mesmo com a caixa de diálogo, o título é perfeitamente jogável do começo ao fim, mas os usuários estarão sendo constantemente lembrados sobre o que fizeram.

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Fonte: terra.com.br/gameon

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