Uma mudança anunciada nesta semana promete alterar a forma como médicos e pacientes encaram a pressão arterial no Brasil. A Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial 2025, elaborada pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) e pela Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), passou a considerar que a tradicional medida de 12 por 8 (120 x 80 mmHg) já não representa mais uma pressão normal, mas sim um quadro de pré-hipertensão.
De acordo com o documento, para que a aferição seja considerada realmente normal, deve estar abaixo de 12 por 8. Valores iguais ou superiores a 14 por 9 seguem caracterizando hipertensão em seus diferentes estágios (1, 2 e 3), conforme o diagnóstico em consultório.
A mudança tem como objetivo identificar precocemente indivíduos em risco e reforçar a adoção de estratégias de prevenção, principalmente com mudanças no estilo de vida, antes mesmo da prescrição de medicamentos.
O que muda na prática clínica
Segundo especialistas envolvidos na elaboração da diretriz, o impacto principal deve ser observado no atendimento básico de saúde. “Essa reclassificação permite que médicos, especialmente da atenção primária, atuem de forma mais proativa junto aos pacientes, indicando ajustes de hábitos alimentares, atividade física regular e controle do estresse”, explica a SBC em nota.
No Mato Grosso, médicos cardiologistas e clínicos já discutem a adaptação da rotina diante da nova diretriz. A expectativa é que a mudança aumente o número de pacientes classificados em pré-hipertensão, exigindo mais acompanhamento e orientação preventiva.
Repercussão nas redes sociais
Nas redes sociais, a Sociedade Brasileira de Cardiologia destacou a importância da atualização. “Atualização essencial para quem busca fazer medicina baseada em evidências e alinhada às recomendações mais recentes”, publicou a entidade.
Fonte: primeirapagina
