Pegue um livro difícil de adaptar e o coloque nas mãos de um diretor de terror aclamado – o resultado será um filme repugnante no melhor sentido da palavra: com , o criou um longa surreal e perturbador que, apesar de seu retumbante fracasso de bilheteria, se tornou um clássico aclamado do gênero.
Isso se deve, em grande parte, ao efeito cativante, narrativa inventiva e estética ao mesmo tempo criativa e repulsiva da obra.
Mistérios e Paixões: Um turbilhão inebriante de alucinações
Alliance Films
Nova York, 1953: O exterminador Bill Lee () atira em sua esposa sob o efeito de drogas. Ele então pega uma máquina de escrever e foge para um lugar tomado por dependentes químicos, traficantes e criaturas bizarras – pelo menos, é assim que Bill vê. Em pânico, ele tropeça cada vez mais em um turbilhão de pesadelos e experiências surreais, todas registradas em seu romance…
A mistura de suspense paranoico, horror corporal e uma depende fortemente de efeitos complexos e imagens fascinantes (e perturbadoramente repugnantes). Com seu humor sarcástico e sombrio, enredo desorientador e narrativa arrebatadoramente rápida, Mistérios e Paixões foi, no entanto, demais para os espectadores no início dos anos 1990.
Com custos estimados em até US$ 18 milhões, o filme arrecadou menos de US$ 3 milhões nas bilheterias norte-americanas. Mas essa série de ideias grotescas, baseada no romance homônimo de , rapidamente conquistou o status de – mas não se limita apenas a esse gênero!
Mistérios e Paixões também é uma recomendação entusiasmada para cinéfilos com inclinação para o surrealismo – , com , por exemplo, manda lembranças! Só que Cronenberg usa alguns meta-níveis a menos e, em vez disso, deforma muito mais corpos…
Fonte: adorocinema
