O incêndio que atinge a Serra do Roncador, em Barra do Garças, a 511 km de Cuiabá, permanece ativo em sua frente norte. As frentes leste, oeste e sul já foram controladas, mas o terreno acidentado, com paredões rochosos e vegetação densa, dificulta o acesso das equipes ao setor ainda em chamas.
As condições adversas, como ventos fortes e a estiagem prolongada, agravam a situação. Cerca de 59 pessoas participam do combate, entre bombeiros, brigadistas e voluntários das fazendas vizinhas. A coordenação ocorre a partir da Sala de Situação de Barra do Garças, que define e acompanha as estratégias de enfrentamento.
O trabalho conta com o apoio de dois caminhões-pipa, seis tratores e uma aeronave, responsável por mais de 47 horas de voo e pelo lançamento de aproximadamente 300 mil litros de água. O suporte aéreo tem sido crucial em áreas de difícil acesso terrestre.
Segundo o comando do Batalhão de Emergências Ambientais, o esforço contínuo tem sido determinante para impedir que o fogo avance em regiões sensíveis. As áreas já controladas seguem sob vigilância por imagens de satélite, garantindo que não haja novos focos.
O incêndio teve início em uma fazenda local e se espalhou rapidamente devido ao clima seco e à topografia irregular. Embora o fogo tenha sido extinto em grande parte da serra, o principal desafio está no setor norte, onde morros e grotas dificultam a infiltração das equipes.
A estratégia em andamento prevê a construção de linhas de defesa e ações conjuntas de terra e ar, que serão executadas assim que houver condições seguras. Avançar em áreas de morro exige cautela, já que o fogo tende a subir encostas com rapidez, tornando o monitoramento constante e o apoio aéreo indispensáveis.
O caso reforça a importância do trabalho integrado em situações de emergência em Mato Grosso, especialmente em regiões com geografia desafiadora como a Serra do Roncador.
Fonte: cenariomt