Dor na mandíbula, sudorese intensa ou dor de estômago podem passar despercebidos como sinais de ataque cardíaco. O cardiologista Miguel Quiñones informou que cerca de metade dos episódios cardíacos não apresentam dor súbita no peito, o que aumenta a confusão entre os pacientes e atrasa o atendimento médico.
“Você pode vomitar ou começar a suar muito, ou sentir dor no braço, mas não no peito”, explicou o cardiologista do Hospital Metodista de Houston. “Algumas pessoas vão ao dentista porque sua mandíbula dói e pensam que é uma infecção dentária. Ou ficam em casa porque sentem dor de estômago”.
Essas manifestações menos reconhecidas são mais comuns em mulheres e em pessoas com doenças crônicas. Pesquisas mostram que pessoas que vivem com diabetes geralmente experimentam fadiga, falta de ar ou fraqueza generalizada em vez de dor no peito. “Pode ser apenas uma sensação de não se sentir bem, de não poder respirar à vontade, de simplesmente se sentir ‘estranho’ sem saber por quê”, disse Quiñones.
Além disso, essa diversidade de sinais faz com que muitos pacientes não relacionem seus sintomas a uma emergência cardiovascular. Segundo o especialista, o desconhecimento atrasa a assistência oportuna e aumenta o risco de lesões graves no músculo cardíaco.
A origem da maioria dos ataques cardíacos está na formação de placas dentro das artérias coronárias. Essas placas, compostas de colesterol e outras substâncias, podem levar décadas para se desenvolver. Quando se rompem, criam coágulos que bloqueiam o fluxo sanguíneo para o coração. “Ninguém desenvolve uma placa da noite para o dia”, disse o cardiologista.
Medidas preventivas são fundamentais para reduzir a probabilidade de um evento dessa natureza. Parar de fumar oferece benefícios visíveis em um período de um ano. O controle da pressão arterial e do colesterol com medicamentos prescritos também reduz o risco. Manter um peso adequado constitui outro fator relevante dentro das recomendações médicas.
De acordo com informações compartilhadas com o NotiPress, Quiñones indicou que identificar os sintomas e agir imediatamente oferece maiores chances de sobrevivência. “O tempo é muito valioso, e reconhecer os sintomas é fundamental”, disse ele. “Não tenha medo de fazer essa ligação.”
Conhecer esses sinais incomuns e consultar um profissional de saúde pode fazer a diferença na evolução dos pacientes. As informações disponíveis indicam que, embora nem sempre haja dor no peito, os sinais atípicos de infarto também requerem atenção imediata.
Fonte: cenariomt
