Em entrevista à imprensa nesta segunda-feira (1°), o secretário de Infraestrutura e Logística (Sinfra), Marcelo de Oliveira, explicou os motivos que levaram o governo a descartar a obra de retaludamento do paredão, inicialmente estudada. Segundo ele, só foi possível avançar com análises detalhadas após liberações do IBAMA, ICMBio e resgates arqueológicos do Iphan.
“Quando chegamos lá e fizemos as sondagens, percebemos que o retaludamento exigiria uso de jato de concreto e manta que não seriam naturais, o que não foi permitido pelo IBAMA. Nesse momento, ficou inviável continuar com o projeto de retaludamento, e partimos para novas opções, incluindo o túnel”, explicou.
O secretário ainda destacou que todas as ações realizadas até agora, como contenção de blocos rochosos, monitoramento sísmico e resgates ambientais, foram estritamente exigidas pelos órgãos ambientais e de patrimônio histórico, sem custos adicionais ao governo além do necessário, estimados em cerca de R$ 7 milhões.
Segundo Marcelo, o projeto do túnel deve ser concluído ainda em outubro, com todos os estudos e análises finalizados, para que o orçamento seja definido e o processo licitatório iniciado. A obra, no entanto, deve começar efetivamente apenas no próximo ano, considerando a conclusão da estrada da Mata Fria, que servirá como rota alternativa durante a intervenção.
Fonte: Olhar Direto