Pesquisadores e estudantes de Engenharia Civil da Universidade Federal de Mato Grosso, campus Araguaia, em Barra do Garças, estão criando uma solução inovadora para reutilizar o isopor, material conhecido por sua difícil reciclagem e alto impacto ambiental quando descartado incorretamente.
O projeto, apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa de Mato Grosso (Fapemat), visa transformar o poliestireno expandido em isolante térmico para blocos e tijolos de construção, promovendo conforto térmico e potencial redução no consumo de energia em edificações.
Segundo o professor Marcio de Andrade Batista, orientador do projeto, centenas de toneladas de isopor são descartadas anualmente, acumulando-se em depósitos ou em áreas naturais. A iniciativa oferece alternativas práticas para diminuir os resíduos urbanos e valorizar esse material.
O grupo coletou isopor de comerciantes locais e levou o material ao Laboratório de Processos Industriais da UFMT, onde ele foi fragmentado, retirado o gás de pentano e moldado em blocos e tijolos com seis cavidades. Em alguns protótipos, o isopor foi combinado com cinzas de carvão, formando um material conjugado que mantém a estrutura e o peso, mas acrescenta propriedades isolantes.
Os protótipos passam por testes técnicos para avaliar a estabilidade mecânica, a conformação estrutural e a eficiência térmica, demonstrando potencial para reduzir o consumo de energia. Batista destaca que os resultados confirmam a viabilidade de construir de forma mais sustentável, oferecendo benefícios ambientais e econômicos significativos.
Fonte: cenariomt
