O sobá é um dos maiores símbolos de Campo Grande. Mais do que um prato típico, ele representa a história da imigração japonesa, a adaptação de tradições estrangeiras ao paladar brasileiro e a identidade cultural da capital sul-mato-grossense. Mas, afinal, ele pode ser consumido de forma saudável e entrar na dieta?
O macarrão de trigo é servido em caldo quente e temperado, acompanhado de carnes (bovina, suína ou de frango) em tiras ou cubos, omelete em tirinhas e cebolinha fresca.
Algumas versões ainda incluem legumes como cenoura, acelga ou repolho, aumentando o valor nutricional e equilibrando os sabores.
Uma porção média de 400 gramas contém entre 450 e 500 calorias, sendo adequada tanto para almoço quanto jantar.
O macarrão fornece carboidratos de rápida absorção, importantes para energia e disposição, enquanto a carne e o ovo fornecem proteínas de alto valor biológico, que ajudam na saciedade e na manutenção da massa muscular. Legumes e cebolinha acrescentam vitaminas, minerais e fibras, ainda que em menor quantidade.
O caldo, tradicionalmente preparado com shoyu e temperos concentrados, pode elevar bastante o teor de sódio.
Uma tigela pode ultrapassar metade do limite diário recomendado de sal pela OMS, exigindo moderação, especialmente para pessoas hipertensas.
“Três colheres de sopa de shoyu já equivalem à quantidade diária recomendada de sódio. Uma alternativa é usar o shoyu light, com teor reduzido”, explica a nutricionista Maria Tainara Soares Carneiro.
Outro ponto é o baixo teor de fibras, devido ao macarrão refinado. Isso pode ser compensado com o acréscimo de vegetais ou acompanhamentos mais ricos em fibras.
Especialistas reforçam que, quando consumido com equilíbrio, o sobá pode fazer parte de uma dieta saudável.
“É um prato que une tradição e nutrição. A combinação de proteínas, carboidratos e gorduras é equilibrada, e incluir legumes deixa a refeição ainda mais completa”, aponta a nutricionista.
Origem e tradição
Trazido por imigrantes de Okinawa no início do século XX, o sobá se consolidou na rotina da cidade, especialmente a partir da Feira Central, tornando-se uma referência gastronômica.
Em 2006, o prato foi oficialmente reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial de Campo Grande, reforçando sua importância para a memória e a cultura local.
Fonte: primeirapagina