Segundo levantamento da Planeje Bem, primeira plataforma digital do país dedicada ao planejamento sucessório e ao apoio pós-perda, muitas famílias deixam de resgatar entre R$ 10 mil e R$ 50 mil em benefícios e valores que pertenciam ao ente falecido.
A dor de perder um parente próximo traz não apenas sofrimento emocional, mas também impactos financeiros para as famílias brasileiras. De acordo com a fundadora e diretora executiva da Planeje Bem, Carolina Aparício, a principal causa desse prejuízo é o desconhecimento.
Esses valores esquecidos são chamados de ativos invisíveis, e incluem direitos financeiros e sociais que não passam, obrigatoriamente, pelo inventário.
Entre os benefícios mais negligenciados, estão:
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DPVAT (indenização por acidente ou morte): esquecido em 40% dos casos;
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Auxílios trabalhistas (FGTS, PIS/Pasep, salário e férias): 25% a 30%;
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Contas bancárias, investimentos e consórcios: 25%;
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Seguros de vida e previdência privada: cerca de 20%;
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Pensão por morte do INSS: 10%.
Além disso, há valores menores, mas que também somam prejuízos, como auxílio-funeral, milhas aéreas e recursos em carteiras digitais.
Perfis mais afetados de acordo com a Planeje Bem


O levantamento da Planeje Bem mostra que homens são os que mais deixam benefícios esquecidos (65% a 70% dos casos). A faixa etária predominante é de 25 a 45 anos, especialmente sobrinhos, filhos e netos que, após cuidarem das burocracias do funeral, deixam passar os prazos de solicitação.
Causas do esquecimento


A Planeje Bem aponta que o impacto emocional do luto, aliado à falta de informação e à burocracia, são os principais fatores. Muitos acreditam que todos os bens precisam ser resolvidos apenas no inventário, quando, na prática, alguns resgates podem ser feitos rapidamente com documentação básica.
No caso do DPVAT, por exemplo, o esquecimento está ligado ao choque das mortes por acidente de trânsito. Já nos auxílios trabalhistas, se houver acordo entre os herdeiros, nem sempre é necessário esperar o inventário.
Como evitar perdas financeiras
Para reduzir o esquecimento desses ativos, a recomendação da Planeje Bem é que as famílias conversem sobre organização financeira e façam um planejamento sucessório ainda em vida.
“Conversar sobre morte não precisa ser um tabu. É um processo natural da vida que pode evitar confusões e prejuízos para quem fica”, ressalta Carolina Aparício.
O levantamento da Planeje Bem mostra que milhares de brasileiros deixam de acessar valores importantes por falta de informação. Buscar orientação, conhecer os direitos e organizar os bens pode fazer toda a diferença para evitar perdas em um momento tão delicado.
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Fonte: cenariomt