Cuidar da saúde e do peso nem sempre está ligado à estética. Muitas vezes, doenças silenciosas agravam a obesidade e desencadeiam problemas que vão além do peso e da alimentação.
Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, o número de pessoas com obesidade cresce globalmente, e a cirurgia bariátrica tem se tornado um recurso essencial no tratamento de casos graves.
Mas o que você precisa saber antes de considerar esse procedimento?
- O que é a cirurgia bariátrica?
Também chamada de gastroplastia, ela reduz o estômago para auxiliar na perda de peso em pacientes com IMC elevado. - Indicações
Recomendada pela OMS para IMC acima de 35 kg/m² (com doenças associadas) ou acima de 40 kg/m² (sem sucesso em tratamentos prévios). - Tipos de cirurgia
Podem ser restritivas (reduzem o estômago), mistas (com desvio intestinal) ou disabsortivas (diminuem absorção de nutrientes). - Pré-operatório
Exige avaliação clínica, exames laboratoriais, endoscopia, ecografia e acompanhamento psicológico. - Benefícios
Além da perda de peso, melhora diabetes, hipertensão, colesterol e dores articulares. - Cuidados nutricionais
Acompanhamento vitalício é necessário para evitar deficiências de vitaminas e minerais. - Riscos e adesão ao tratamento
Dietas inadequadas podem causar complicações e comprometer os resultados. - Importância do acompanhamento multidisciplinar
Suporte médico, nutricional e psicológico é essencial para o sucesso a longo prazo. - Cirurgia plástica pós-bariátrica
Pode ser necessária para remover excesso de pele após a estabilização do peso. - Gravidez após a cirurgia
Recomenda-se esperar de 15 a 18 meses para evitar riscos ao feto.
Obesidade problema mundial
O Atlas Mundial da Obesidade 2025 (World Obesity Atlas 2024), da Federação Mundial da Obesidade (World Obesity Federation – WOF), revelam que 31% da população global vive com obesidade, e essa porcentagem tende a aumentar nos próximos cinco anos.
No Brasil, os números também chamam a atenção. O estudo aponta que 68% da população está com excesso de peso, sendo 31% com obesidade e 37% com sobrepeso.
Segundo o relatório, mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo já convivem com a obesidade. As projeções são ainda mais preocupantes: caso não sejam adotadas medidas eficazes, esse número pode superar 1,5 bilhão até 2030.
Além disso, o Atlas projeta um aumento de 33,4% no número de homens com obesidade até 2030, enquanto entre as mulheres esse crescimento pode chegar a 46,2%.
O grande problema é que o sobrepeso e a obesidade estão diretamente associados a riscos graves à saúde. Nos últimos anos, mais de 60,9 mil mortes prematuras no Brasil foram atribuídas a doenças crônicas não transmissíveis relacionadas a essas condições, como diabetes tipo 2 e Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Esses dados do Atlas foram baseados em informações de 2021 e já destacavam a urgência de políticas públicas e ações preventivas para combater esse cenário.
Em 2025, de acordo com a Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica) a estimativa é de que 2,3 bilhões de adultos ao redor do mundo estejam acima do peso, sendo 700 milhões de indivíduos com obesidade, isto é, com um índice de massa corporal (IMC) acima de 30.
Fonte: primeirapagina
