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Encontro histórico entre Trump e Putin no Alasca após retorno à Presidência: uma análise do evento

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A cidade de Anchorage, no Estado norte-americano do Alasca, será palco de uma cúpula entre o governante da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente dos EUA, Donald Trump, nesta sexta-feira, 15. Este é o primeiro encontro presencial entre os dois desde o retorno de Trump à , e terá o objetivo de discutir o fim da guerra entre e .

Putin faz uma parada estratégica em Magadan, no extremo leste russo, antes de seguir para Anchorage. Segundo Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, a visita inclui agenda local, como reunião com o governador e inspeção de uma planta industrial. “A cidade é importante. Putin já esteve lá muitas vezes, mesmo quando era primeiro-ministro”, afirmou à agência estatal russa Tass.

O trajeto do governante russo envolveu aproximadamente oito horas de voo até Magadan e outras quatro horas até o Alasca. Devido à diferença de fuso, Putin vivencia duas sextas-feiras consecutivas, uma em cada continente. Trump, por sua vez, segue para Anchorage, de onde retorna a Washington, às 22h45, conforme informado pela Casa Branca.

Vladimir Putin é presidente da Rússia desde 2000 | Foto: Divulgação/Kremlin
Vladimir Putin É Presidente Da Rússia Desde 2000 | Foto: Divulgação/Kremlin

A reunião entre os líderes está marcada para as 16h30, no horário de Brasília, restrita aos dois presidentes e seus intérpretes, e deve durar em torno de uma hora. Enquanto isso, as delegações participam de um almoço de trabalho. Às 20h30, Putin e Trump concedem entrevista coletiva conjunta para detalhar os temas discutidos, entre eles a busca pela paz na Ucrânia.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, não estará no encontro. Segundo a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, a ausência de Zelensky foi decidida a partir de um pedido de Putin, que propôs a reunião diretamente com Trump.

Apesar de recentes trocas de críticas e ameaças, os dois governantes demonstraram otimismo na véspera da reunião. Putin elogiou “os esforços sinceros” de Washington e afirmou acreditar que o encontro pode definir a paz, desde que haja acordo sobre a limitação do uso de armas estratégicas, incluindo as nucleares, sugerindo assim uma barganha para o cessar-fogo.

Trump, por sua vez, afirmou: “Acho que ele [Putin] fará um acordo”, mas ressaltou que “nada está garantido. Será como uma partida de xadrez”. Ele calculou em 25% a possibilidadde de um desfecho negativo e cogitou a necessidade de um segundo encontro com Putin. O secretário de Estado, Marco Rubio, destacou que, apesar do otimismo, “em última instância, caberá à Ucrânia e à Rússia concordarem pela paz”.

O controle russo sobre cerca de 20% do território ucraniano, conforme o Instituto para o Estado da Guerra (ISW), deve ser o principal ponto das negociações. Até agora, nem Rússia nem Ucrânia demonstram disposição para abrir mão dessas áreas. No início do ano, os Estados Unidos sugeriram que a Ucrânia poderia abdicar dos territórios ocupados, mas depois recuaram e passaram a defender negociações diretas com o Kremlin.

Recentemente, Zelensky reafirmou que não pretende ceder as regiões ocupadas. Mesmo excluído do encontro, o presidente ucraniano buscou apoio de líderes europeus e conversou com Trump por telefone, do qual recebeu a garantia de que nenhum acordo sairia sem o aval de Kiev. O presidente dos EUA também sugeriu que um segundo encontro no Alasca poderia contar com a presença do ucraniano.

Fonte: revistaoeste

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