Educação

Aluna é agredida em escola cívico-militar por grupo que imita faccionados

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Palco de um dos casos de violência escolar revelados na semana passada, em Mato Grosso, onde uma aluna sofreu uma sessão de espancamento promovida por colegas, supostamente ingrantes de grupo que repete as práticas de facção criminosa, a Escola Estadual de Tempo Integral Carlos Hugueney, em Alto Araguaia (422 km de Cuiabá), foi transformada em unidade cívico-militar nesta quinta-feira (14).

A medida, anunciada na semana passada pelas pastas da Educação e Segurança Pública do Estado, foi adotada em razão da violência registrada na unidade. A aluna atingida, menor de idade e agredida por colegas também adolescentes, levou golpes de cabo de vassoura. Toda a agressão foi filmada e exibida na internet.

A escola passa a ser a 102ª unidade de Mato Grosso no modelo cívico-militar.

O secretário de Estado de Educação, Alan Porto, e a diretora regional de Educação do polo Rondonópolis, Andreia Cristiane de Oliveira, fizeram o anúncio pessoalmente na escola, durante visita à cidade.

A notícia foi recebida com entusiasmo pela comunidade escolar, que aguardava essa transformação. Com 91 alunos e 13 professores, a escola tem como patrono Carlos Hugueney, major do Exército e primeiro intendente do município, ainda na época em que Alto Araguaia se chamava Santa Rita do Araguaya, por volta de 1911.

Para o secretário de Estado de Educação, Alan Porto, esse vínculo histórico reforça a identidade e o simbolismo da nova etapa que a unidade vive. “O momento representa mais do que uma mudança administrativa. É a promessa de um futuro com mais organização, valores e condições estruturais para que cada aluno desenvolva seu potencial”.

O secretário destacou que, além da mudança de modelo, a Seduc está investindo R$ 4,6 milhões na melhoria da infraestrutura da escola. O projeto inclui a reforma e ampliação do bloco educacional, construção de um bloco administrativo, pórtico de entrada, quadra poliesportiva e vestiário.

A questão de falta de câmeras de segurança na escola também foi levantada durante o espisódio de agressão, que foi filmado pelo celular de outras alunas.

“Estamos construindo não apenas novos espaços, mas novas oportunidades para esses jovens, unindo disciplina, cidadania e ensino de qualidade. Assim, fortalecemos o processo pedagógico e o apoio psicossocial ofertado pela Diretoria Regional de Educação”, afirmou Alan Porto.

O deputado estadual, Sebastião Resende, que esteve na escola hoje, lembrou que a transformação da escola para o modelo cívico-militar foi aprovada pela comunidade durante audiência pública na Câmara de Vereadores de Alto Araguaia.

“A população lotou o recinto numa mostra de apoio incondicional. O modelo é diferenciado e não tenho dúvida de essa escola começa a escrever um novo capítulo da sua história”, relembrou o parlamentar.

A diretora da escola, Elizabeth Paes Teixeira, reforçou dizendo que as escolas cívico-militares contam com os mesmos professores das unidades regulares, mesmo material didático, mesma metodologia de ensino e todos os recursos tecnológicos implantados nas demais escolas da rede.

“Já sentimos diferença na questão do respeito, disciplina e foco, pois, os dois militares da reserva já começaram a trabalhar auxiliando a direção e no monitoramento do pátio, da entrada e saída dos alunos”, explicou Elizabeth, esclarecendo que nos próximos dias um terceiro militar da reserva vai completar a nova equipe da escola.


 
Com assessoria

Fonte: leiagora

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