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Greve na Boeing: Mais de 3 mil funcionários paralisam atividades

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Cerca de 3.200 trabalhadores da entraram em nesta segunda-feira, 4, depois de rejeitarem uma proposta de contrato da empresa. A paralisação se deu na unidade de St. Louis, no centro-oeste dos Estados Unidos. O local fabrica caças F-15, jatos de treinamento T-7 e mísseis. Além disso, responde pela produção de componentes para aviões comerciais. A Boeing é uma concorrente direta da brasileira Embraer.

Desde 1996, está é a primeira greve na fábrica. Sob influência do sindicato, parte dos funcionários recusou um acordo que previa aumento salarial de 20%. A proposta, da mesma forma, previa mudanças no plano de aposentadoria. Conforme a entidade, as condições não atendem às expectativas da categoria. Suspeita-se, contudo, que a greve tenha também motivação política para prejudicar o governo do republicano Donald Trump. O sindicato que coordena a mobilização, o Distrito 837, integra a International Association of Machinists and Aerospace Workers (IAM), aliada ao Partido Democrata.

A Boeing disse em nota que se preparou para a paralisação. Desse modo, colocou em prática um plano de contingência para manter o atendimento aos clientes. A empresa destacou que o impacto é limitado, uma vez que o sindicato envolvido representa cerca de 10% do tamanho da organização que promoveu a greve de 2024, em Seattle, e paralisou a produção por dois meses.

A divisão de defesa e espaço, alvo da greve atual, foi responsável por 30% da receita da Boeing no segundo trimestre de 2025. Apesar das tensões, a empresa registrou lucro nessa área nos dois últimos trimestres, depois de superar dificuldades orçamentárias em projetos com preço fixo.

A última proposta da empresa incluía a elevação do salário médio anual de US$ 75 mil para US$ 102,6 mil, além da antecipação total do reajuste nas contribuições ao plano de previdência. Também foi retirada uma mudança considerada polêmica na jornada de trabalho.

A Boeing havia oferecido ainda um bônus de assinatura de US$ 5 mil, condicionado à aprovação do acordo até a noite desta domingo, 3, o que não ocorreu.

A greve em St. Louis ocorre em um momento de fortalecimento dos sindicatos no setor aeroespacial dos EUA, impulsionado pela escassez de profissionais técnicos. Em 2024 e 2025, paralisações atingiram outras empresas, como a Pratt & Whitney, afetando a cadeia global de fornecimento de motores e aeronaves.

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Fonte: revistaoeste

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