CENÁRIO AGRO SORRISO

Colheita de Milho em Sorriso-MT avança mesmo com atraso nacional: saiba mais!

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Município lidera ritmo de colheita no país, enquanto outras regiões ainda enfrentam lentidão e incertezas

A colheita da segunda safra de milho ganha fôlego no Brasil, mas o ritmo ainda não compensa os atrasos registrados desde o início do ciclo. Segundo dados de monitoramento, cerca de 53,30% da área nacional foi colhida até esta semana — resultado abaixo da média das últimas safras e bem inferior ao desempenho do mesmo período em 2024.

No entanto, Sorriso (MT) segue como destaque nacional. No maior produtor de milho do Brasil, os trabalhos de campo estão praticamente concluídos, com 98% da área já colhida. A expectativa local é finalizar os últimos talhões até o final desta semana, consolidando o município como referência de eficiência na colheita. De acordo com o Sindicato Rural de Sorriso, o rendimento das lavouras está dentro da média histórica, com grãos de boa qualidade e baixos níveis de avarias.

O bom desempenho em Sorriso reflete o avanço mais amplo da colheita em Mato Grosso, onde 77,26% da área estadual já foi colhida até 18 de julho, de acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). A região Médio-Norte lidera o ritmo, com mais de 91% da área finalizada. Ainda assim, o estado opera com atraso de quase 20 pontos percentuais em relação ao ano passado.

Entre os fatores que explicam a lentidão estão o excesso de chuvas na fase de colheita e o plantio mais tardio da soja, que empurrou a janela da safrinha. Agora, com a umidade do solo mais baixa e as lavouras chegando ao ponto ideal, o ritmo acelerou. A projeção é que Mato Grosso consiga concluir os trabalhos até meados de agosto.

Fora do estado, a situação é bastante heterogênea. No Paraná, a colheita atingiu 53%, com avanço significativo na semana. Contudo, em regiões como Londrina, os trabalhos estão atrasados e comprometidos por geadas, que reduziram a produtividade entre 20% e 50%.

Em Goiás, o cenário varia entre municípios. Em Jataí, 35% da área já foi colhida e os produtores esperam superar as produtividades do ano anterior. Já em Ipameri, as perdas foram maiores devido a um veranico, e parte dos agricultores migrou para culturas alternativas como sorgo e girassol.

Outros estados, como Tocantins e Minas Gerais, avançam de maneira desigual. Enquanto em Paracatu/MG a seca afetou severamente a produtividade, Tocantins já colheu cerca de 90% da área, com expectativa de safra recorde.

Analistas do setor apontam que, além dos desafios climáticos, muitos produtores estão optando por segurar a entrega do milho. Os armazéns ainda estão cheios de soja e os preços baixos reduzem o estímulo à comercialização. Parte do milho está sendo mantida no campo ou seguindo direto para o transporte, sem passar pelos silos.

Mesmo assim, especialistas acreditam que não haverá impactos sobre o plantio da safra de soja 2025/26, previsto para iniciar em setembro. A projeção é de que a colheita se normalize nas próximas semanas, garantindo espaço e logística para o novo ciclo agrícola.

Fonte: cenariomt

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