A cúpula do G20 em Bali, na Indonésia, foi encerrada nesta quarta-feira, 16, com uma condenação conjunta de líderes mundiais à guerra da Rússia contra a Ucrânia.
O evento, que reuniu representantes das maiores economias do mundo, lançou um documento de 17 páginas que lamenta “nos termos mais fortes” a agressão da Federação Russa e exige sua “retirada completa e incondicional do território da Ucrânia”.
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Em discurso após o encerramento da cúpula, o presidente indonésio e anfitrião do G20, Joko Widodo, disse em entrevista coletiva que a decisão de condenar o conflito foi unânime entre os membros do grupo.
“A maioria dos membros condenou veementemente a guerra na Ucrânia e enfatizou que está causando imenso sofrimento humano e exacerbando as fragilidades existentes na economia global pós-pandemia”, afirmou.
No entanto, Widodo também sugeriu que existiram discordâncias sobre alguns pontos do documento. “Havia outras opiniões e avaliações diferentes da situação e das sanções contra Rússia”, disse o líder indonésio.
Em meio a uma série de reveses exército russo na Ucrânia, que enfraqueceram a capacidade do Kremlin de projetar poder, o presidente Vladimir Putin não compareceu à reunião internacional.
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A aprovação da declaração conjunta exigiu a adesão de líderes que compartilham laços estreitos com Putin. Entre os principais aliados de Moscou no G20 estão o líder chinês Xi Jinping, que declarou uma amizade “sem limites” com o Kremlin semanas antes da invasão à Kiev, e o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi.
Enquanto a Índia parece ter se distanciado da Rússia, não está claro, contudo, se condenação emitida pelo G20 representa uma mudança de posição de Pequim.
Anteriormente, Xi pediu um cessar-fogo e concordou em se opor ao uso de armas nucleares em uma série de reuniões bilaterais com líderes ocidentais à margem do G20. No entanto, o líder chinês não deu nenhuma indicação pública de qualquer compromisso de persuadir Putin a encerrar a guerra.
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Fonte: Veja