O Instituto Tear, com sede na Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro, é referência em cultura, arte e educação, com 45 anos de atuação em comunidades urbanas e tradicionais. A instituição desenvolve projetos que promovem inclusão, criatividade e transformação social, atendendo crianças, jovens e educadores.
Gabriela Macena é um exemplo dessa mudança. Ex-aluna do Instituto, tornou-se arte-educadora e atualmente coordena o projeto Mundaréu de Brincadeiras, que leva atividades lúdicas a comunidades quilombolas, indígenas, caiçaras e de favelas. “Fui aluna e continuo aprendendo nesse processo de formação de vida”, afirmou.
Fundado para fomentar o desenvolvimento humano por meio da arte, o Tear já impactou mais de 15 mil crianças e suas famílias e mobilizou cerca de 9 mil educadores. Entre os reconhecimentos, estão prêmios como Cultura Viva RJ, Escola Viva e Viva Leitura.
Denise Mendonça, fundadora do Tear, destaca a abordagem interdisciplinar da instituição. “A arte, para nós, é uma ferramenta de reinvenção da realidade”, disse. O projeto também apoia iniciativas locais como a Biblioteca Comunitária Jurema Gomes Baptista, no Morro do Salgueiro, onde ocorrem ações como o Pé de Livro e a produção de conteúdo na Rádio Se Liga Salgueiro.
Denise Santos, moradora do Salgueiro e agente cultural, enfatiza a importância do Tear para a inclusão e valorização da diversidade. Ela promove atividades sobre PCD e diversidade na biblioteca, que conta com acervo em braille.
Outros projetos, como o Tecelares de Leitura, fortalecem a formação de professores e agentes culturais nas comunidades cariocas. O Instituto também realiza ações integradas em seu quintal, proporcionando contato direto das crianças com a natureza.
Com dificuldades financeiras, o Tear busca apoio por meio de editais e doações para manter e ampliar suas ações. A sede atual, localizada na Rua Pereira Nunes, conta com um espaço ao ar livre essencial para atividades inclusivas.
Para o próximo mês, está previsto um grande encontro entre comunidades no espaço do Instituto, promovendo integração entre crianças de diferentes regiões do Rio de Janeiro.
“O Tear conecta as pessoas entre si e com o mundo, reforçando a diversidade como chave para a transformação social”, finalizou Denise Mendonça.
Fonte: cenariomt
