Uma comitiva do Global Environmental Institute e da GS1 China está em Mato Grosso para expandir parcerias voltadas à rastreabilidade socioambiental da carne bovina destinada ao mercado chinês. Recebidos pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico e pelo Instituto Mato-grossense da Carne (IMAC), os representantes participam de reuniões e visitas técnicas para discutir a integração de sistemas que comprovem a produção livre de desmatamento ilegal.
O objetivo central é criar um projeto piloto em conjunto com o IMAC, dentro da plataforma Passaporte Verde, que rastreia cada animal desde o nascimento até o abate. A iniciativa busca oferecer garantias ao consumidor chinês sobre a origem responsável da carne. Um memorando de entendimento entre Sedec, IMAC e GEI já havia sido assinado em 2023, e esta visita consolida o avanço da cooperação técnica.
Durante o encontro, o secretário de Desenvolvimento Econômico destacou a relevância do estado como maior produtor nacional de grãos e carne bovina, ressaltando a legislação ambiental rigorosa que exige a preservação de 80% da área no bioma amazônico. Ele defendeu a rastreabilidade como diferencial competitivo para o comércio internacional.
O diretor técnico-operacional do IMAC explicou que o protocolo adicional vai usar a base de dados local para fornecer ao mercado chinês a certeza de práticas ambientalmente corretas. Já o representante da GEI reforçou que a experiência em Mato Grosso é estratégica para responder à demanda do consumidor chinês por informações confiáveis sobre a origem da carne.
A agenda da missão inclui visitas à Fazenda Passo do Lobo, em Nova Mutum, para demonstrar o manejo e os recursos naturais envolvidos na certificação “Desmatamento Ilegal Zero”, e ao Frigorífico Frigosul, em Várzea Grande, para mapear processos de abate e discutir a coleta padronizada de dados. Também será debatido o uso do Digital Link, tecnologia que permite ao consumidor acessar informações detalhadas do produto via QR Code na embalagem.
Fonte: cenariomt