Após um início de ano marcado por números preocupantes, os casos prováveis de chikungunya começaram a desacelerar e passam a apresentar queda em 2025. Isso, contudo, não é motivo para despreocupação, pois a doença segue em alerta no estado de Mato Grosso, que concentra o maior número de mortes pela doença em todo o país.
De janeiro a julho deste ano, o estado já contabilizou 46.783 casos prováveis da doença, o que representa uma média de 222 notificações por dia. Embora o cenário tenha melhorado nos últimos meses, o volume de registros ainda preocupa autoridades de saúde.
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O pico da doença ocorreu entre janeiro e maio, com destaque para fevereiro, quando foram notificadas mais de 10 mil ocorrências. A partir de junho, no entanto, o número de casos começou a cair de forma expressiva: pouco mais de 2.700 notificações foram registradas naquele mês, e em julho esse número caiu ainda mais, somando apenas 446 casos. A redução indica uma desaceleração da transmissão, mas não diminui a gravidade da situação.
Número de mortes
O dado mais alarmante vem do número de mortes confirmadas: 57 pessoas perderam a vida por complicações relacionadas à chikungunya em Mato Grosso. O número supera, sozinho, o total de óbitos confirmados em todos os outros estados brasileiros juntos, que somam 41 mortes. Outros 24 casos fatais ainda estão em investigação no estado.
Com um coeficiente de incidência que chega a 1.219 casos por 100 mil habitantes, Mato Grosso apresenta um dos índices mais altos de chikungunya já registrados no Brasil. A maioria das pessoas infectadas são mulheres (62%), com destaque para a faixa etária entre 30 e 49 anos. Outro grupo vulnerável é o de idosos: mais de 6 mil casos foram registrados entre pessoas com mais de 60 anos.
Apesar da queda nas notificações, especialistas alertam que a situação exige atenção contínua. O controle do mosquito vetor e as ações de conscientização junto à população continuam sendo fundamentais para evitar novos surtos nos próximos meses.
Fonte: primeirapagina