CUIABÁ MATO GROSSO

Justiça afasta policial acusado de lavagem de dinheiro: entenda o caso

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O juiz da 7ª Vara Criminal de Mato Grosso recebeu a denúncia contra o policial penal Luiz Otávio Natalino e determinou a continuidade de seu afastamento das funções de escolta de presos. Na decisão, divulgada nesta terça-feira (1º), o magistrado também rejeitou o pedido de separação do inquérito envolvendo o empresário Willian Aparecido da Costa Pereira, conhecido como ‘Gordão’, investigado na Operação Ragnatela.

Natalino era lotado na Gerência de Custódia e Escolta Metropolitana e é acusado de integrar um esquema que lavava dinheiro do Comando Vermelho em casas noturnas de Cuiabá. Ele é suspeito de facilitar a entrada de celulares para detentos e permitir a comunicação entre líderes do grupo criminoso.

O juiz entendeu que há elementos suficientes para iniciar a ação penal, destacando a presença de indícios de autoria e materialidade, conforme o princípio do “in dubio pro societate”. Ao analisar a acusação, considerou que ela cumpre os requisitos legais, não se enquadrando nas hipóteses de rejeição previstas no Código de Processo Penal.

O Ministério Público pediu e obteve a manutenção do afastamento do policial das atividades operacionais, proibindo qualquer contato com detentos. Para o juiz, Natalino usava sua posição para negociar a entrada de ilícitos e vender influência, representando risco concreto de reincidência caso retornasse às funções.

Em relação a Willian Gordão, dono do ‘Dallas Bar’, o magistrado considerou sua conduta ligada ao suposto crime cometido por Natalino, justificando a tramitação conjunta do processo. Investigações apontaram movimentações financeiras milionárias incompatíveis com a renda declarada, além de empresas supostamente criadas para lavar dinheiro da facção.

Por outro lado, o MP optou por não denunciar outro policial penal, presidente de fundação, por falta de provas suficientes, apesar de seu nome ter surgido em conversas atribuídas a Natalino. Também foram arquivados os processos contra um suposto tesoureiro da facção e o advogado dele, por ausência de elementos que os ligassem aos crimes investigados.

Fonte: cenariomt

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