As brasileiras estão tendo menos filhos e cada vez mais tarde. Os dados do Censo 2022, divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), confirmam uma mudança profunda no perfil demográfico do país.
A taxa de fecundidade total que mede a média de filhos por mulher em idade reprodutiva (15 a 49 anos) chegou a 1,55, abaixo do mínimo necessário para manter a população estável (2,1).
De 6 filhos nos anos 1960 para 1,5 em 2022
A queda é histórica: em 1960, cada mulher tinha, em média, 6,28 filhos. Nas décadas seguintes, o número foi despencando, chegando a 1,90 em 2010 e agora batendo o menor patamar já registrado.
O Sudeste lidera o declínio, com apenas 1,41 filho por mulher o menor do país. Enquanto isso, Roraima (2,19) e Amazonas (2,08) são os únicos estados acima da taxa de reposição.
Maternidade depois dos 28 anos
Além de menos filhos, as mulheres estão adiando a gravidez. A idade média para ter o primeiro filho subiu de 26,3 anos em 2000 para 28,1 em 2022. No Distrito Federal, a média já é de 29,3 anos, enquanto o Pará tem o menor índice (26,8).
A queda na fecundidade acelera o envelhecimento populacional, pressionando sistemas como Previdência e saúde. A tendência, que começou nos anos 1960 no Sudeste urbano, hoje é nacional e veio para ficar.
Fonte: primeirapagina