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Famato participa de debate sobre regulamentação do cultivo de Pangasius em Mato Grosso

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Apesar de não ser muito popular por aqui, o peixe Pangasius ou Panga já chegou ao Brasil há mais de 10 anos. É uma espécie asiática, um peixe de fácil cultivo e um aproveitamento da carne maior se comparado com a tilápia. Atualmente apenas cinco estados brasileiros têm autorização para cultivar a espécie: Ceará, São Paulo, Sergipe, Rio Grande do Norte e Tocantins.

Nesta quinta-feira (26.06), o diretor de Relações Institucionais da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Ronaldo Vinha, participou da abertura do ‘Workshop sobre Pangasius’ para a discussão sobre o assunto. Realizado pelo deputado estadual Gilberto Cattani, em parceria com a Associação dos Aquicultores de Mato Grosso (Aquamat), com o apoio da Famato e de outras instituições, como o Sebrae, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) e a Peixe BR, o evento busca caminhos para a regulamentação do cultivo da espécie em Mato Grosso.

“Esses dias eu fui ao mercado e comprei um filé do peixe Pangasius, é muito bom o sabor, não vemos motivos para se proibir a produção de um peixe, que produz tão bem. Não tem justificativa para Mato Grosso não produzir, hoje importamos um peixe que nós poderíamos produzir aqui. Eu tenho certeza que com este workshop, aqui na Famato, vai começar a mudança, todos vão ver com outros olhos e conseguir a regulamentação,” destacou o diretor Ronaldo Vinha.

O projeto foi tema de uma Câmara Setorial Temática na ALMT, instalada a partir de um requerimento do deputado Gilberto Cattani. A discussão sobre a produção do Panga em Mato Grosso se intensificou após a publicação da Lei 11.930/2022, que autorizou o cultivo da espécie no estado, mas que foi contestada pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso.

A Famato participou da CST, que teve como foco buscar soluções para questões técnicas e ambientais, além de discutir a perspectiva da produção no Brasil e o potencial econômico da atividade para pequenos produtores. Outro ponto foi desmistificar informações sobre a segurança do consumo do peixe, que tem sido alvo de boatos e notícias sensacionalistas. É importante ressaltar que a carne de Panga importada passa por inspeção federal e é considerada segura para consumo.

O Workshop trouxe especialistas para esclarecer dúvidas, mostrar o que é mito e o que é verdade sobre o cultivo e consumo do peixe Panga. O presidente da Aquamat, que representa mais de seis mil aquicultores, Darci Fornari, explicou que o evento marca o encerramento da Câmara Setorial Temática da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, instalada em agosto de 2024. “Ao final do Workshop vamos elaborar um documento que subsidiará o novo Projeto de Lei para regulamentar a produção do Panga em Mato Grosso”, disse Darci Fornari.

Ele explica que este é um projeto estratégico para a piscicultura. “O Panga é uma espécie altamente produtiva, já cultivada em vários países do mundo e consumida por mais de 140 países, incluindo o Brasil que é um grande consumidor. É uma grande oportunidade para os pequenos e médios piscicultores”, argumentou Darci Fornari.

Entre os especialistas, constaram nomes como a professora doutora Luciana Seki Dias da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) que fez um histórico da produção e importância comercial do Pangasius no Brasil e no mundo.

Para o analista de Pecuária da Famato, Marcos Carvalho, que participou da discussão na Câmara Temática, a proposta é trazer os especialistas para mostrar a viabilidade. “Tem estados como São Paulo que está evoluindo e avançando bastante na criação do Panga e Mato Grosso  não pode ficar para trás, principalmente por ser uma oportunidade para os pequenos piscicultores”, finalizou Marcos Carvalho.

Fonte: cenariomt

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