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Azul corta voo Cuiabá-Alta Floresta e causa polêmica em Mato Grosso

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O possível cancelamento do voo direto entre Cuiabá e Alta Floresta, previsto para 1º de julho, gerou mobilização de autoridades de Mato Grosso em Brasília. Em audiência com o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, o secretário de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, defendeu a importância da manutenção da rota.

A reunião foi articulada pelo senador Jayme Campos e contou com a participação da senadora Margareth Buzetti e do prefeito de Alta Floresta, Chico Gamba. O grupo solicitou apoio do Governo Federal para assegurar a conectividade aérea com o Nortão, região considerada estratégica para o desenvolvimento econômico do estado.

Alta Floresta é um polo regional com mais de 300 mil habitantes, e nosso objetivo é ampliar o número de voos para Mato Grosso, fortalecendo tanto o turismo quanto os negócios”, destacou César Miranda.

O ministro Silvio Costa Filho afirmou que buscará diálogo com a Azul na tentativa de reverter a decisão e destacou que o Governo Federal está atento ao impacto nos estados. Segundo ele, a empresa está ajustando sua malha aérea devido à redução temporária da frota, mas há expectativa de liberação de R$ 4 bilhões do Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC) para aquisição de aeronaves e expansão de rotas regionais.

O senador Jayme Campos reforçou que a região de Alta Floresta vem crescendo de forma acelerada. De acordo com ele, entre as safras de 2017/2018 e 2022/2023, a área plantada nos municípios de Alta Floresta, Apiacás, Carlinda, Nova Bandeirantes, Nova Monte Verde e Paranaíta aumentou 437%. A economia local também se destaca pela pecuária e pelo ecoturismo.

O prefeito Chico Gamba alertou para os impactos econômicos da suspensão. “A retirada do voo regular para Cuiabá afeta diretamente setores produtivos e o dia a dia da população”, afirmou. Segundo ele, a decisão é desproporcional aos benefícios gerados, já que, apenas em 2024, a ocupação média dos voos foi de 73%.

César Miranda também lembrou que o Estado oferece incentivos fiscais, como a isenção do ICMS sobre o querosene de aviação, por meio do programa VOE MT. No entanto, sinalizou que esses benefícios podem ser reavaliados caso os cortes avancem em rotas estratégicas para Mato Grosso.

Além da rota Cuiabá–Alta Floresta, a Azul também anunciou o encerramento de voos para outras cinco capitais brasileiras: Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Goiânia (GO), Brasília (DF) e Maceió (AL).

Fonte: cenariomt

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