O Brasil possui hoje 25 indústrias de etanol de milho em operação, das quais 11 estão em Mato Grosso. A previsão é que o estado na próxima safra seja responsável por 60% da produção do biocombustível, que, segundo a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), tem proporcionado “um equilíbrio maior nas finanças no produtor”.
“Se não houvesse o etanol de milho em Mato Grosso nesse momento atual, a situação do produtor, que já não é boa, poderia estar pior”, disse o diretor executivo da Aprosoja-MT, Wellington Andrade, durante a Abertura Nacional da Colheita – Segunda Safra de Milho nesta quarta-feira (18), em Sorriso, na Fazenda Dois Irmãos/Grupo ABF.
O evento é uma realização do Dia de Ajudar Mato Grosso, afiliada do Dia de Ajudar, da Associação Brasileira dos Produtores de Milho e Sorgo (Abramilho) e da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT). A ação integra o Projeto Mais Milho que está em sua 9ª temporada.
De acordo com o diretor executivo da Aprosoja-MT, apesar de não estar sendo divulgado, o produtor de Mato Grosso também está endividado diante da quebra de safra observada no ciclo 2023/24, dos altos custos de produção e dos baixos preços das commodities.
“Hoje só o etanol de milho já é responsável por 22% de toda a produção de etanol no Brasil. Para a próxima safra o Brasil deve produzir 10 bilhões de litros de etanol de milho e Mato Grosso vai ser responsável por 6 bilhões de litros. Ou seja, Mato Grosso é o berço do etanol de milho”, salientou Wellington Andrade.

Brasil vai evoluir muito no etanol de milho
Visto como uma solução sustentável, o biocombustível tem transformado a agroindústria e colocado o Brasil e Mato Grosso no protagonismo na produção de uma energia escalável, rentável e, principalmente, sustentável.
Além das 25 plantas em operação, o país conta hoje com 16 projetos com autorização de implantação e outros 16 anunciados. Somente em Mato Grosso são sete projetos autorizados e oito anunciados.
“Nós, assim como os Estados Unidos, vamos evoluir muito na produção de bioenergia renovável, chegando a mais de 57 plantas ao longo dos próximos anos”, salientou o diretor executivo da FS Fueling Sustainability, Victor Santana Trenti.
Conforme ele, o Brasil deverá consumir na próxima safra de etanol cerca de 18% do milho a ser colhido nesta temporada, cuja previsão é de aproximadamente 130 milhões de toneladas.
“Tem muito espaço para o crescimento. Os Estados Unidos, que é o maior produtor de etanol de milho do mundo, utiliza entre 30% e 40% de todo o milho produzido no etanol de milho. Então temos muito espaço, não só dentro da nossa matriz de utilização do cereal, mas também para a nossa produção de milho aumentar. Um exemplo disso é o próprio Mato Grosso”.
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Fonte: canalrural