No domingo 25, o procurador-geral da República (PGR), Paulo Gonet, pediu ao a abertura de um inquérito contra Eduardo Bolsonaro (PL-SP), em virtude da articulação do deputado licenciado nos Estados Unidos (EUA).
Eduardo tem se movimentado nos bastidores por sanções do governo Trump ao ministro Alexandre de Moraes. Eventuais punições da Casa Branca podem se estender a outros juízes do STF e ao próprio Gonet. Moraes deverá ser o relator da investigação a Eduardo, que correrá sob sigilo.
Na ação, Gonet citou posts em redes sociais do parlamentar e entrevistas de Eduardo à imprensa.
“Há um manifesto tom intimidatório para os que atuam como agentes públicos, de investigação e de acusação, bem como para os julgadores na ação penal, percebendo-se o propósito de providência imprópria contra o que o senhor Eduardo Bolsonaro parece crer ser uma provável condenação”, afirmou Gonet, ao mencionar que o congressista tem o intuito de “embaraçar” o julgamento do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, e provocar “intimidação” nas autoridades brasileiras. “A ameaça consiste na perspectiva de inflição de medidas punitivas pelo governo norte-americano, que o senhor Eduardo, apresentando-se como junto a ele particularmente influente, diz haver conseguido motivar, concatenar, desenvolver e aprovar em diversas instâncias.”

O PGR também solicitou ao STF que colha depoimento do ex-presidente para esclarecer os movimentos do filho no exterior.
Isso porque, de acordo com Gonet, o ex-presidente pode se beneficiar das medidas propostas pelo filho.
Fonte: revistaoeste