O povoado de Santana do Rio Preto, a 117km de Belo Horizonte, popularmente conhecido como Cabeça de Boi, é um lugar ideal para uma escapada de final de semana.
Situado a aproximadamente 10 quilômetros de Itambé do Mato Dentro, no interior mineiro, o lugarejo conhecido pela simplicidade e tranquilidade possui uma bela cadeia de montanhas e paisagens verdes – além de um complexo de belas cachoeiras para relaxar e um pequeno parque com pinturas rupestres de 12 mil anos.
Complexo de cachoeiras é a atração de Cabeça de Boi
Itambé do Mato Dentro tem uma população que não chega a 3 mil pessoas, de acordo com o último Censo. O tamanho dá a ideia da dimensão do povoado conhecido como Cabeça de Boi, nas proximidades. É um lugar em que o sinal de celular e internet pode não funcionar.
O lugarejo tem pousadas simples e barzinhos tradicionais, comandados por moradores da região cheios de história para contar. Além das saborosas comidas típicas e a cachaça local, os cenários da Serra do Espinhaço também impressionam.
O maior atrativo é o Complexo do Intancado, formado por quatro cachoeiras a cerca de 6 km de distância do centro do povoado. Fica em uma propriedade particular, a entrada custa R$ 30 por pessoa e o pagamento só em dinheiro.
A primeira das quedas d’água é a Cachoeira do Chuvisco, com um poço pequeno e bom para passar um tempo: ela costuma ser a mais tranquila, mas é apenas a primeira da trilha.

A mais conhecida é a Cachoeira do Intancado, que despenca de um conjunto de rochas que recebem a água do Rio Preto. Ali se encontram 4 quedas d’água, a maior delas com 6 metros. O banho é relaxante, mas requer atenção, já que o poço tem algumas partes rasas e outras mais fundas, com até 10 metros.
O local faz divisa com o Parque Nacional da Serra do Cipó e tem trilhas que dão acesso às outras cachoeiras da região, como a Cachoeira das Maçãs. Considerada uma das mais belas do complexo, são duas quedas d’água, a maior com cerca de 10 metros e um grande poço bem fundo. A trilha até lá é íngreme, com 1,4km de caminhada.
Pouco acima dela fica a Cachoeira dos Macacos, com uma queda bem alta, de aproximadamente sete metros. São dois poços d’água, um mais raso e o outro mais fundo, ambos bem convidativos.
Nesse passeio, também vale a visita à Cachoeira do Lúcio, bem próxima do centro de Cabeça de Boi. A queda de aproximadamente 4 metros forma um pequeno poço cercado por uma faixa de areia, criando uma pequena praia ótima para descansar.
Pinturas rupestres são a cereja do bolo
Essas belas cachoeiras só são possíveis graças ao cenário de enormes montanhas e rochas da região.
É justamente sobre algumas dessas pedras que repousam as pinturas rupestres do sítio arqueológico Serra do Veado, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). O sítio fica no interior de uma propriedade privada que cobra R$ 25 por pessoa na entrada. O acesso parece distante, mas requer uma caminhada de apenas 10 minutos por uma escadaria e vale muito a pena.
As pinturas de animais como veados, peixes e tatus têm idade estimada de 12 mil anos e, embora a maioria esteja em formações rochosas bem altas, algumas ficam bem à altura dos olhos.
Fonte: viagemeturismo