A superfície da Terra e a água do mar absorvem luz solar durante o dia. À noite, esse calorzinho vai sendo liberado de volta na atmosfera na forma de radiação infravermelha, e sobe até escapar para o vácuo do espaço.
Parte da radiação, porém, não chega a sair da Terra: fica retida por moléculas como o gás carbônico (CO2) e o metano (CH4). Daí eles se chamarem gases de efeito estufa: é como se estivéssemos sob uma redoma.
Em doses saudáveis, o efeito estufa é fundamental para a vida na Terra. Ele evita que as noites sejam insuportavelmente frias, e mantém a temperatura média do globo em um patamar agradável de 14 °C (no século 21, graças à poluição, já estamos em 15 °C — e a tendência é piorar). Sem o dito-cujo, seriam 18 °C negativos.
O tanto exato de calorzinho noturno em cada lugar do globo, é claro, flutua conforme particularidades geográficas: cidades litorâneas são abafadas à noite porque a água do mar é eficaz em guardar calor, enquanto as areias de um deserto esfriam rápido e causam noites congelantes.
Um céu nublado, por sua vez, é ótimo em evitar que o infravermelho escape enquanto você dorme.
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Fonte: texto “Atmospheric controllers of local nighttime temperature”, da Universidade Estadual da Pennsylvania.
Fonte: abril