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Gigante do Pantanal com Pintura em Braille Atrai os Visitantes do Beco do Batman

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O Beco do Batman, um dos cartões-postais mais badalados de São Paulo, ganhou a ilustração de um personagem tipicamente pantaneiro. Um tatu-canastra, produzido pelo artista Fernando Berg, é arte linda de se ver, sentir e tocar.

Confecção do tatu sensorial. (Vídeo: Fernando Berg)

Berg também é autor de um mural em Campo Grande, que foi pichado 24h após a sua conclusão.

Promovendo inclusão no Beco do Batman

Além de chamar a atenção pelas cores intensas, que são marcas registradas do atrativo, a obra é sensorial, apresenta texturas, relevos e descrições em braile, permitindo que pessoas com deficiência visual também possam conhecer o “gigante” do Cerrado.

A iniciativa faz parte do projeto Graffiti Pra Cego Ver, que promove a inclusão por meio da arte.

“É um projeto que possibilita a proximidade de pessoas com deficiência visual à arte urbana, através de placas feitas em impressora 3D, criando volumes, texturas e escritas explicativas em braile, para que o desenho seja identificado de forma tátil, e a pessoa possa interagir com seus detalhes.”

Fernando Berg, artista visual.

Reproduzir todas as características curiosas e únicas do animal foi justamente a parte mais desafiadora do mural, explica Berg.

“Como ele possui escamas, unhas grandes e focinho pontudo, foi muito interessante conectar essas camadas à sensibilidade de pessoas com deficiência visual.”

Fernando Berg, artista visual.

O mural também traz outros elementos naturais, transformados em poesia pelas cores e texturas confeccionadas pelo artista.

“Na arte, também apresento flores e plantas, trazendo a flora como composição ao lado e ao centro da cabeça, como se reverenciassem o tatu. O sol e a lua atrás, acima da cabeça, são guias de luz e calor durante o dia e à noite, criando uma percepção tanto visual quanto sensorial.”

Fernando Berg, artista visual.

Através das redes sociais, Berg ainda propõe um paralelo entre os hábitos do animal e a proposta do projeto Graffiti Pra Cego Ver.

Com garras em formato de foice, que podem atingir 20 centímetros, média de 30 kg e cerca de 1,50 metros, o tatu-canastra ganhou fama de engenheiro do ecossistema por construir tocas imensas para se abrigar.

Esses “condomínios” subterrâneos também acabam dando abrigo a outros animais, que os utilizam como casa, buscando proteção, local para se reproduzir ou dormitório temporário.

“Esse processo de cooperação indireta entre as espécies se assemelha com a proposta do projeto, agregando e criando proximidades entre todas as pessoas de forma inclusiva e democrática.”

Fernando Berg, artista visual.

Em Mato Grosso do Sul, a casa do tatu-canastra é o Pantanal e o Cerrado três-lagoense, onde o trabalho de pesquisa e preservação do canastra é feito pelo Projeto Tatu-Canastra, do ICAS (Instituto de Conservação de Animais Silvestres). A espécie também é raramente encontrada em territórios de outros 11 países.

Mural pichado em Campo Grande

O mural feito por Berg em Campo Grande fica no viaduto Pedro Chaves dos Santos, no cruzamento da Rua Ceará com a Avenida Ricardo Brandão. A obra, que traz um tatu-canastra e tamanduá-bandeira imensos, foi concluída no dia 27 de setembro do ano passado após 4 dias de trabalho.

Só 24h depois, entretanto, o mural foi pichado. O projeto foi promovido pelo Icas como forma de promover ações de educação ambiental com alunos das redes estadual e municipal.

Confira a obra feita pelo artista em Campo Grande, abaixo.

Fonte: primeirapagina

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