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Escolas criam homenagem encantadora e criativa em avenida da cidade

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Com muita criatividade, a paixão pelo Carnaval rendeu muito encanto na avenida, na primeira noite de desfile das escolas de samba de Campo Grande, na noite de segunda-feira (3). De samba-enredo, teve viagem pelo universo dos quadrinhos e homenagem a quem faz da folia história. 

É o caso da professora nascida em Corumbá, Nirce Ortega de Oliveira, que viu sua experiência com o Carnaval virar inspiração para o desfile da Herdeiros do Samba, a primeira escola a entrar na avenida. 

“Eu estou honrada, eu estou grata, estou grata mesmo, porque a avenida que eu pensei que não ia ter ninguém, estava cheio de gente. Eu fiquei com medo, pensei que ia cair. Mas estou muito agradecida”

A escola também apostou em jovens talentos para a passarela, como a rainha de bateria Alicia, de apenas 11 anos. 

“É uma felicidade ver que o povo gosta do nosso carnaval. A gente vai se ajeitando, mas é muito importante! Eu amo ser rainha de bateria. Faz três anos que eu estou aqui e é isso, eu amo fazer o meu carnaval”, pontuou a pequena. 

Outro diferencial da Herdeiros do Samba foi a inclusão. “Os integrantes que tão lá, eles gostam de música. Então, gostou de música, já é um ponto primordial pra bateria, pra fazer música como achar melhor”, destacou o mestre da bateria inclusiva, Marcelo dos Santos Peres. 

A segunda agremiação a desfilar foi a verde e rosa, Unidos da Vila Carvalho. A matriarca da escola, Inês Mônica de Castro, foi a inspiração para o samba-enredo 2025. E, mesmo resistente de início, a estrela da escola amou o carinho. 

“Eu nunca quis, mas agora meu filho resolveu me homenagear e eu to feliz, muito feliz. É filho, é neto, é nora, tudo enfiado aqui”, contou dona Inês.

O universo dos quadrinhos também tomou conta da avenida. Uma viagem pela infância foi a escolha da Catedráticos do Samba para encantar de crianças a adultos que estavam na plateia. 

“Adorei, adorei! O Hulk apareceu em um carrinho ali, adorei!”, comemorou o pequeno Heitor de Carvalho Cavalcanti, de 5 anos. 

O projeto Gibiteca, que percorre bairros de Campo Grande e terminais de ônibus, foi inspiração para o samba-enredo. 

“Lá na Gibiteca tem uma frase assim: ‘tudo aqui um dia já foi um sonho’; pra mim, tudo isso aqui já foi um sonho. Um menino que pegou um gibi do Zé Carioca sem capa, no lixão, se apaixonou por leitura e transformou nesse projeto. Um dos maiores projetos de incentivo a leitura do Brasil. Estou muito, mas muito feliz mesmo, sabe?”, expressou o idealizador do projeto, Ronilço Guerreiro. 

A viagem de uma família que fundou um quilombo em Mato Grosso do Sul. Foi assim que a Igrejinha começou o desfile contando a história da comunidade Furnas do Dionísio.

“A comissão de frente, ela representa a vinda do Dionísio pra cá, de Minas Gerais, num carro de boi, durante quatro meses, ele, a mulher e nove filhos. Imagina todos os perrengues que ele passou. A comissão de frente tentou representar isso”, destacou Edson Clair, coreógrafo. 

Confira galeria de fotos do primeiro dia de desfile na Passarela do Samba, na capital:

Segunda noite de desfile na avenida

Nesta terça-feira (4), mais três escolas vão passar pela Passarela do Samba: Deixa Falar; Cinderela; e Unidos do Cruzeiro.

Fonte: primeirapagina

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