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Política

Lupion culpa governo por Suspensão do Plano Safra devido a ‘inabilidade política’

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O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Pedro Lupion (PP-PR), criticou o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e rejeitou a ideia de que o Congresso seja o principal responsável pela suspensão do Plano Safra. Em entrevista à CNN, Lupion afirmou que “é muito raso” atribuir ao Parlamento a paralisação das linhas de crédito.

“A inabilidade total [do governo] de ter alguma saída, alguma alternativa pra isso”, disse o deputado. “É muito rasa a fala de que o Congresso Nacional não votou o Orçamento, e o problema é esse. Não é isso. É falta de articulação política, irresponsabilidade fiscal, gasto excessivo do governo.”

Na quinta-feira 20, o Tesouro Nacional suspendeu as linhas de crédito do Plano Safra 2024/2025. A justificativa oficial foi a falta de aprovação do Orçamento e o impacto das altas na taxa básica de juros (Selic).

Para Lupion, o problema não está no Congresso. “Existe um cerne principal, um problema principal na economia, que é a falta de credibilidade fiscal desse governo, que gera todos esses problemas”, avaliou.

Diante da pressão do setor agropecuário, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta sexta-feira, 21, um .

No comunicado, Haddad voltou a responsabilizar o Parlamento pela situação. “Lamentavelmente, o Congresso ainda não apreciou o Orçamento”, disse o ministro. “A informação que tenho é que sequer o relatório foi apreciado ainda, ou será apreciado no curto prazo.”

Lupion admite que o Congresso já deveria ter votado o Orçamento, mas diz que o empecilho está no próprio governo federal.

“Um dos grandes problemas que nós temos hoje dentro do Congresso é a falta de articulação política do próprio Executivo”, explicou. “A gente não consegue encontrar dentro das lideranças do Congresso Nacional qualquer tipo de razoabilidade, de proximidade ao governo, ou uma base forte do governo para conduzir uma votação de orçamento, por exemplo.”

Os parlamentares apontam que três questões travam o avanço da proposta. São as emendas parlamentares, que ainda dependem de acordo com o Supremo Tribunal Federal (STF); a inclusão do programa social Pé-de-Meia; e a previsão de recursos para o Auxílio Gás.

A expectativa é de que a votação do Orçamento fique para depois do feriado de Carnaval, em março.

Enquanto isso, Lupion alerta para os prejuízos ao setor produtivo. “A população é quem paga a conta, principalmente os produtores rurais, por causa de uma falta de articulação política total”, afirmou.

Fonte: revistaoeste

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