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Protestos de indígenas levam à demissão de coordenador do Dsei Cuiabá

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O coordenador do Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) de Cuiabá, Aldi Gomes, foi exonerado pelo Ministério da Saúde, nesta quinta-feira (20), após lideranças de 10 povos indígenas fazerem protestos contra a precariedade do atendimento de saúde indígena em Mato Grosso.

A portaria consta no Diário Oficial da União (DOU) e é assinada pela ministra da Saúde Nísia Trindade.

Na terça-feira (19), indígenas protestaram na unidade da capital mato-grossense, cobrando mudanças na gestão do Dsei, que atende aldeias em 23 municípios. A justificativa é a precariedade do atendimento de saúde.

Em nota, o ex-coordenador reconheceu os problemas estruturais no atendimento de saúde nas aldeias, e destacou que esses desafios se arrastam desde a gestão anterior.

Aldi Gomes disse ainda que enfrentou falta de orçamento no primeiro ano de sua administração, porém tem se empenhado para reestruturar questões básicas.

Ele informou ainda que estava realizando uma licitação para a aquisição de veículos novos e que a compra de medicamentos está sendo normalizada.

Primeira Página tenta contato com o ex-coordenador.

As 10 lideranças e a Federação dos Povos e Organizações Indígenas de Mato Grosso (FEPOIMT) continuam mobilizadas no DSEI Cuiabá para tratar da indicação e nomeação de outra pessoa para o cargo. O consenso entre elas é que um indígena deve assumir essa função.

Protestos

Em janeiro deste ano, indígenas da etnia Enawenê Nawê estiveram em Cuiabá, com o objetivo de cobrar soluções sobre a precariedade do atendimento de saúde prestado às aldeias, que abrangem áreas dos municípios de Juína, Sapezal e Comodoro.

Os indígenas apontam que o atendimento é feito em contêineres sem ventilação e ressaltam a falta de materiais e de ambulância.

Na época, Aldi Gomes informou que a comunidade é seminômade e muda de local frequentemente. Com isso, a dificuldade de acesso e a burocracia dificultam a implementação de projetos.

De acordo com a comunidade, o Distrito Sanitário Indígena (DSEI) de Cuiabá, os contêineres funcionam como posto de saúde.

No entanto, por causa do calor e da falta de refrigeração, os profissionais e os pacientes não conseguem ficar no local. Eles alegam ainda que um dos contêineres chegou danificado e não tem uso.

Outra cobrança é a construção de poços artesianos e o envio de veneno para combater uma infestação de ratos, que colocam em risco a saúde de quase 1.500 indígenas.

Fonte: primeirapagina

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