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Agronegócio

Agronegócio: impacto econômico maior do que se pensa

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O agronegócio brasileiro tem um impacto ainda maior na economia do que as estatísticas tradicionais indicam, especialmente quando se consideram todas as atividades que vão “além da porteira”, abrangendo desde o fornecimento de insumos e beneficiamento das safras até o transporte e comércio dos produtos. Um estudo inédito realizado pelo departamento econômico do banco Itaú, assinado pelos economistas André Matcin e Pedro Renault, revelou que, nesse conceito ampliado, o setor responde por 21% do PIB brasileiro, um valor mais de três vezes superior ao PIB agro medido pelo IBGE, que é de 6%.

A análise busca oferecer uma visão mais abrangente do agronegócio, levando em conta toda a cadeia produtiva. O estudo utilizou dados da Tabela de Usos e Recursos (TRU) do IBGE, que permite detalhar a cadeia de consumo do setor. Os economistas ressaltam que não há divergência entre essa abordagem e a metodologia do IBGE, mas sim uma perspectiva mais integrada da atividade agroindustrial.

Empregos e comércio exterior

Outro ponto destacado pelo levantamento é a geração de empregos. No conceito ampliado, o agronegócio emprega diretamente 17% da população ocupada, o que representa mais de 17 milhões de trabalhadores. Desse total, 7,9% estão na produção primária, 1,7% no beneficiamento e 7,4% no comércio e transporte.

No comércio exterior, o agronegócio segue como pilar do superávit da balança comercial brasileira. Em 2024, o setor foi responsável por 31% da corrente de comércio do país e gerou um saldo positivo de US$ 109 bilhões, enquanto o superávit total do Brasil foi de US$ 75 bilhões. Os economistas também destacam que o beneficiamento de produtos agropecuários representa uma parcela expressiva do valor exportado, desmistificando a ideia de que o setor exporta apenas commodities in natura.

Perspectivas para 2025

A tendência é que o agronegócio continue sendo protagonista do crescimento da economia brasileira nos próximos anos. De acordo com estimativas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e órgãos do governo brasileiro, a safra de 2025 promete ser robusta, o que deve garantir uma contribuição significativa para o PIB e manter o setor como um dos principais motores econômicos do país.

Fonte: cenariomt

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