O ex-presidente da República Michel Temer avalia que o deveria revisitar as condenações dos presos do 8 de janeiro que pegaram penas longas, mas que não atuaram diretamente nas manifestações. A informação foi antecipada por em outubro do ano passado e publicada pelo site da revista Veja nesta segunda-feira, 17.
“A Corte poderia modular as penas alongadas”, afirmou Temer ao portal. Na avaliação do ex-presidente, a evolução do debate do assunto na Corte poderia contribuir para uma eventual pacificação do país.
Durante entrevista a em 2024, , o ex-presidente já havia se declarado favorável à redução das punições.
“[A anistia] É um tema complicado, que exige bastante diálogo”, disse Temer, na ocasião. “Não sei dizer se o adequado seria a anistia geral ou uma anistia redutora de penas, portanto, um meio-termo. Resolver essa questão ajuda a pacificar o país, que não pode continuar vivendo na radicalização.”
“Quando um novo presidente toma posse, virou moda destruir o que foi feito no governo anterior, na esteira daquela expressão que ficou popular: ‘herança maldita’”, acrescentou o ex-presidente. “Se continuarmos nesse estado, vamos desmoralizar o Brasil não só aqui, mas também no exterior.”
Temer afirmou ainda não considerar improvável que o STF reduza as penas dos manifestantes. “A dosimetria [das penas] é uma questão a que cada um pode fazer críticas”, afirmou. “Vejo que a atual postura do Supremo tem sinalizado no sentido de que, num futuro próximo, não é improvável que haja diminuição do tempo que essas pessoas ficarão presas.”
Ainda em entrevista a , o ex-presidente se posicionou a favor do fim do Inquérito das fake news.
“Quanto antes acabar, melhor”, destacou. “Soube, recentemente, que o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, falou que a investigação deve se encerrar em breve. Certamente, os demais ministros estão dispostos a liquidar o caso muito proximamente.”
“O tribunal tem feito outros movimentos também, como conceder a progressão do regime ao ex-deputado federal Daniel Silveira”, acrescentou o ex-presidente. “A Corte tem liberado muita gente, já. Ou seja, pouco a pouco, o STF, que impôs penalidades a algumas pessoas, está, agora, libertando-as.”
Fonte: revistaoeste
