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Tecnologia

Dicas para evitar armadilhas financeiras ao pagar com cartão de crédito

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O pagamento no cartão nunca esteve tão em alta. Em 2024, o volume das transações superou a marca histórica de R$ 4,1 trilhões, um crescimento de 10,9% em relação ao ano anterior. Esse salto expressivo reflete não apenas a digitalização do consumo, mas também uma mudança nos hábitos financeiros da população.

Embora o cartão de crédito tenha dominado a maior parte das transações (R$ 2,8 trilhões), o cartão de débito começa a sentir a pressão da concorrência.

O Pix, por ser instantâneo e não ter taxas, tem conquistado espaço, tornando-se o queridinho para pagamentos do dia a dia. Mesmo assim, o pagamento no cartão segue firme, especialmente quando se trata de compras parceladas, segurança nas transações e uso em comércio eletrônico.

Pagamento por aproximação: rápido e em alta

Pagamento por aproximação: rápido e em alta
Pagamento por aproximação: rápido e em alta– Foto: Canva

Se tem uma tecnologia que caiu no gosto popular, foi o pagamento por aproximação. Em 2024, essa modalidade movimentou R$ 1,5 trilhão, gerando um aumento de 48,3% em relação ao ano anterior. Em um mundo onde o tempo é dinheiro, encostar o cartão ou o celular na máquina de pagamento virou sinônimo de praticidade. Hoje, quase 70% das compras presenciais já são feitas dessa forma.

A facilidade e a comodidade das compras online também impulsionam o pagamento no cartão. O valor em compras não presenciais subiu 18%, movimentando quase R$ 1 trilhão. O cartão de crédito lidera, mas o uso do débito também disparou, crescendo 397% em relação a 2019.

Quanto ao pagamento recorrente, como de plataformas de streaming, academias e serviços de assinatura são exemplos de como o pagamento no cartão está se tornando parte do orçamento fixo das famílias. Em 2024, os pagamentos recorrentes cresceram 38,6%, chegando a R$ 106 bilhões. Isso mostra como a automatização das cobranças facilita a vida do consumidor e garante a previsão financeira para empresas.

Pagamento no cartão: o jeitinho brasileiro de comprar

Pagamento no cartão: o jeitinho brasileiro de comprar
Pagamento no cartão: o jeitinho brasileiro de comprar– Foto: Canva

Uma das grandes vantagens do pagamento no cartão é a possibilidade de parcelamento. O famoso “parcelado sem juros” ainda é o favorito dos brasileiros, representando 41% do volume de transações feitas no crédito. A maioria das compras (65%) é parcelada em até seis vezes, enquanto 33% optam por parcelamentos mais longos, de até 12 meses.

Quem viajou para fora do Brasil também usou muito o pagamento no cartão. Os gastos de brasileiros no exterior aumentaram 19,7%, chegando a US$ 15,8 bilhões. A Europa liderou como destino favorito, seguida pelos Estados Unidos e América Latina. Curiosamente, os estrangeiros gastaram pouco no Brasil, movimentando apenas US$ 5,5 bilhões, registrando um aumento tímido de 0,4%.

O cartão é um vilão?

Há quem culpe o pagamento no cartão pelo endividamento das famílias, mas os dados mostram uma realidade diferente. Apenas 2,1% da dívida das pessoas físicas está no rotativo do cartão, bem menos que financiamentos de imóveis (40,8%) ou consignado (23,6%). No entanto, a inadimplência ainda preocupa, alcançando 6,9%. Por isso, fazer planejamento financeiro e ter o controle dos gastos continuam sendo essenciais.

Segurança e Fraudes

Com mais transações, a preocupação com as fraudes também aumenta. Felizmente, o setor de pagamentos conseguiu reduzir em 28,6% os casos de golpes. Isso só foi possível graças a avanços tecnológicos, como autenticação em duas etapas e monitoramento inteligente de transações suspeitas.

Os especialistas preveem que o pagamento no cartão continuará crescendo entre 9% e 11%, podendo atingir a marca de R$ 4,6 trilhões. Com o Pix por aproximação ganhando espaço, o cartão de débito pode perder o fôlego. Mas o cartão de crédito segue firme, impulsionado pelo parcelamento e pela segurança que oferece nas compras online.

O pagamento no cartão continua sendo um dos meios preferidos dos brasileiros, seja pela comodidade, segurança ou possibilidade de parcelamento. Mas, em um mundo financeiro em constante evolução, a adaptação é a palavra-chave. Com Pix, carteiras digitais e novas tecnologias surgindo, o consumidor tem cada vez mais opções. O importante é saber usar cada uma das ferramentas com inteligência, aproveitando o que elas têm de melhor para manter as finanças saudáveis.

Fonte: cenariomt

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