A Secretaria de Comunicação Social (Secom) pagou R$ 1,1 milhão à Meta durante o mês de janeiro. O valor foi utilizado para impulsionar conteúdos nos perfis oficiais do governo no Instagram e no . Segundo a Biblioteca de Anúncios da Meta, o montante foi despendido entre 6 de janeiro e 4 de fevereiro. Durante esse período, 48 publicidades foram promovidas.
Desses anúncios, 18 exibiram o rótulo identificando o Governo do Brasil como financiador. O total gasto com essas publicidades foi de R$ 987,6 mil. Esses conteúdos abordaram temas como o agronegócio, a redução do desemprego, o combate à fome e a educação. Eles lideraram o ranking de gastos no período analisado.
Além disso, a Secom também destinou recursos para promover o programa Acredita. Essa iniciativa oferece crédito e renegociação de dívidas para microempresas, microempreendedores individuais (MEIs) e pequenas empresas. Foram gastos R$ 128 mil para impulsionar 30 postagens sobre o programa.
O Acredita já havia sido divulgado em dezembro de 2024, mas teve nova divulgação a partir de 8 de janeiro. Isso ocorreu depois de a anunciar que passaria a fiscalizar transferências via Pix superiores a R$ 5 mil. A medida gerou forte rejeição entre pequenos comerciantes e trabalhadores informais, que recebiam seus pagamentos por meio de transferências digitais e estavam fora do radar do Fisco.
Com a mudança, quem se enquadrasse na faixa de renda sujeita ao Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) seria alvo de fiscalização. Diante da repercussão negativa, o governo revogou a norma em 15 de janeiro.
Em entrevista ao Poder360, a Secom explicou que a utilização de dois rótulos distintos foi necessária por causa das limitações nas contas de anúncio da plataforma. A secretaria também afirmou que todos os valores pagos para impulsionar as publicidades são provenientes do orçamento da Secom.
Desde 14 de janeiro, a Secom é comandada pelo publicitário Sidônio Palmeira. Ele assumiu a missão de restaurar a imagem pública do governo do presidente (PT).
Entre as mudanças implementadas por Sidônio, destaca-se a adoção de uma linguagem mais próxima do público das redes sociais. Isso inclui o uso de vídeos com o formato POV (Point of View) com o presidente.
Fonte: revistaoeste