O rial iraniano atingiu mínima histórica nesta quarta-feira, 5, depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um memorando para reestabelecer sanções de “pressão máxima” contra o país. A moeda do Irã encerrou o dia cotada a 850.000 a cada US$ 1.
O republicano disse que teve dúvidas sobre o documento, mas decidiu assiná-lo mesmo assim. No entanto, reiterou o desejo de selar um acordo com o país e confirmou que pretende dialogar com o presidente iraniano, Masoud Pezeshkian.
“É muito severo para o Irã”, afirmou Trump. “Espero que não precisemos usá-lo com frequência.”
Em 2015, o rial iraniano chegou a ser negociado a 32.000 por dólar, mas a instabilidade econômica e as tensões geopolíticas levaram a moeda a uma de suas piores crises.
O memorando, na prática, ordena que o secretário do imponha “pressão econômica máxima” sobre o Irã, incluindo sanções contra o país e seus aliados.
Com o memorando, o objetivo de Trump é evitar que o país consiga desenvolver sozinho uma arma nuclear, o que, segundo ele, está muito próximo de acontecer.
O republicano afirmou ainda que pode bloquear a venda de petróleo iraniano para outras nações como forma de pressão.
Ao assinar a ordem, Trump disse ter instruído as autoridades dos Estados Unidos a destruírem o Irã, caso o país execute um plano para assassiná-lo. Uma tentativa de retaliação também pode gerar resposta americana.
Agentes do Irã montaram plano para matar Trump
Em novembro do ano passado, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos revelou que agentes iranianos montaram um complô para assassinar Trump.
Segundo os investigadores, um dos suspeitos teria sido incumbido por um funcionário do governo do Irã de planejar o assassinato do republicano antes das eleições presidenciais de 2024.
A operação teria como objetivo vingar a morte do general iraniano Qassem Soleimani, abatido em 2020 em um ataque dos Estados Unidos. À época, a operação foi ordenada por Trump, que estava em seu primeiro mandato como presidente.
Na semana passada, o Irã afirmou que um novo ataque dos Estados Unidos ao país seria um erro que levaria a uma “guerra total”.
Fonte: revistaoeste
