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Alerta: Novidades sobre asteroide próximo da Terra que pode colidir

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Depois do Natal, cientistas da Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço () identificaram um novo objeto espacial em movimento no cosmos. Batizado de 2024 YR4, esse asteroide tem um tamanho estimado entre 40 metros e 100 metros de comprimento.

Com base em análises detalhadas das possíveis trajetórias do corpo celeste, os astrônomos calcularam que há uma probabilidade de 1,3% de colisão com a Terra em 22 de dezembro de 2032. Apesar da pequena margem de risco, especialistas asseguram que não há motivo para preocupação imediata.

David Rankin, astrônomo da Universidade do Arizona e especialista no monitoramento de asteroides e cometas, reforça que não há razões para alarde. Embora um impacto de um objeto desse porte pudesse causar danos expressivos, sua ocorrência é altamente improvável.

“Uma chance de 1,3% significa que há 98,7% de possibilidade de que nada aconteça”, explicou Rankin ao jornal . “É um número que merece atenção científica, mas não deve ser motivo de preocupação excessiva.”

Além disso, conforme os pesquisadores continuam a coletar novos dados, essa probabilidade pode ser reduzida ainda mais. O fato de o asteroide ter sido detectado com tanta antecedência é uma vantagem, pois permite que medidas preventivas sejam estudadas, caso necessário.

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A indetificação do asteroide

O 2024 YR4 foi encontrado pelo sistema Asteroid Terrestrial-impact Last Alert System (Atlas), um conjunto de telescópios dedicados à observação de objetos próximos à . Ele opera sob financiamento da Nasa.

O telescópio localizado no Chile, por exemplo, detectou o asteroide em 27 de dezembro, apenas dois dias depois de sua aproximação mais recente ao planeta. De lá para cá, o corpo celeste tem se afastado, tornando-se cada vez menos visível para observação.

De acordo com o Centro de Coordenação de Objetos Próximos à Terra da Agência Espacial Europeia, o asteroide mede entre 40 metros e 100 metros de comprimento. Essa estimativa se baseia na quantidade de luz solar que reflete de sua superfície, já que seu real tamanho pode variar — dependendo de suas propriedades físicas ainda desconhecidas.

Uma análise mais precisa poderia ser realizada via radar, mas isso só será possível quando o asteroide fizer uma nova passagem próxima à Terra, prevista para 17 de dezembro de 2028.

Caso colidisse com a Terra, o 2024 YR4 poderia gerar consequências consideráveis. Para efeito de comparação, um asteroide com cerca de 40 metros foi responsável pela explosão de Tunguska, em 1908, que devastou aproximadamente 2.000 km² de floresta na Sibéria.

Se o 2024 YR4 fosse maior, seu impacto em uma área urbana causaria destruição em larga escala. No caso de cair no oceano, a energia liberada poderia gerar tsunamis capazes de afetar regiões costeiras.

Como os especialistas calcularam as probabilidades de colisão

Os cálculos foram realizados pelo Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra da Nasa, que utiliza algoritmos sofisticados para prever trajetórias de asteroides e cometas. O programa Sentry, um dos principais sistemas de monitoramento, avalia as possibilidades de colisão desses objetos com a Terra nos próximos cem anos.

Inicialmente, por causa da falta de dados mais precisos, as projeções para 2032 tinham uma margem de erro elevada. No entanto, com a coleta de centenas de novas observações, a probabilidade de impacto aumentou para 1,3%.

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Os cientistas utilizam a Escala de Torino para comunicar o nível de risco de um asteroide. Essa escala varia de 0 (nenhuma ameaça significativa) a 10 (colisão certa e catastrófica para a civilização).

O 2024 YR4 foi classificado como nível 3, o que sugere que o evento merece acompanhamento contínuo, pois a probabilidade de colisão ultrapassa 1%. Essa é a segunda pontuação mais alta já atribuída a um asteroide. O único a atingir um nível superior foi o Apophis, que chegou a ser considerado um risco. Entretanto, com o avanço das observações, foi descartado como ameaça para o próximo século.

Novas contas

A tendência observada em casos anteriores é de que, com a coleta de novos dados, as previsões se tornem mais precisas. É possível que a probabilidade de impacto diminua até chegar a zero. O mesmo é esperado para o 2024 YR4.

Por enquanto, o asteroide está se afastando rapidamente da Terra, tornando-se difícil de observar. No entanto, cientistas já conseguiram acesso a telescópios de grande porte para continuar os estudos até abril deste ano.

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A melhor oportunidade para coletar novos dados virá na passagem de 2028. Até lá, embora o risco de colisão em 2032 ainda não possa ser completamente descartado, os astrônomos acreditam que é apenas uma questão de tempo até que as projeções confirmem que o impacto é improvável.

“Nossa expectativa é que os cálculos futuros reduzam a chance de impacto a zero, e não ao extremo oposto”, conclui Andy Rivkin, pesquisador do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins e especialista em defesa planetária.

Fonte: revistaoeste

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