Christinny dos Santos
Única News
Em apenas um ano, Mato Grosso subiu oito posições no ranking e se tornou o terceiro estado com maior número de mortes violentas de pessoas LGBT+ do país. Além disso, Cuiabá figura como a capital mais letal quando observado o índice de criminalidade anti-LGBT+.
Os dados são do Observatório de Mortes Violentas de LGBT+ criado com base no levantamento do Grupo Gay da Bahia, uma Organização Não Governamental (ONG) voltada para o direito de pessoas homossexuais no país.
Em 2023, MT ocupava a 11º posição no ranking. Apesar da colocação ser preocupante, naquele ano foram registrados apenas 8 casos em todo o estado. Em 2024, o número triplicou e deu um salto violento de oito para 24. O dado mais recente representa 8,25% do total de mortes de pessoas LGBT+ registradas em todo o país, que foram 291.
Mato Grosso fica atrás apenas do estado de São Paulo, que registrou 53 mortes violentas de LGBT+, e Bahia, com 31.
Com cerca de apenas 1/3 da população de São Paulo, estado com maior número de mortes violentas de pessoas LGBT+ há pelo menos dois anos consecutivos, MT registrou quase metade do número de mortes que o estado paulista. Enquanto Mato Grosso houveram 24 registros. Ou seja, proporcionalmente, a violência é maior na unidade federativa do Centro-Oeste.
Quando se trata do índice proporcional, Cuiabá também lidera o ranking de Capitais com maior índice de criminalidade anti-LGBT+. Em.2024, oram registradas 5 mortes de pessoas homossexuais na capital mato-grossense, isto é, 0,000732% da população. Enquanto em Palmas, Teresina e Salvador, outras Capitas que fazem parte do ranking, o índice percentual é inferior a 0,000618.
Brasil
Dos 291 casos de mortes violentas registradas contra pessoas LGBT+, 239 foram homicídios, 18 suicídio, 30 latrocínio e outras 4 por causas não identificadas no estudo. A maioria das vítimas tinha entre 26 e 35 anos, mas a letalidade nas faixas etárias de 36-45 e 19-25, são similarmente preocupantes.
Quanto à profissão, 44% dos gays vítimas de morte violentas eram professores. Já as mulheres trans, travestis ou transexuais eram majoritariamente profissionais do sexo.
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Fonte: unicanews