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Governo Lula não se pronuncia sobre sequestro de María Corina: embaixadora vai à posse de Maduro

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O governo Lula confirmou a presença da embaixadora brasileira na Venezuela, Glivânia Oliveira, na posse do ditador Nicolás Maduro na Presidência da Venezuela. .

A decisão do governo petista foi mantida, apesar do sequestro da opositora María Corina Machado na última quinta-feira, 9, enquanto ela participava de um protesto contra o regime. A justificativa é que a manutenção de relações diplomáticas com a Venezuela é necessária para mediar conflitos.

O presidente Lula, por sua vez, insiste na narrativa de que não reconhece o resultado das eleições venezuelanas e que Maduro deve explicações à comunidade internacional e ao Brasil sobre a falta de transparência no processo eleitoral. Porém, as relações com a ditadura permanecem.

Sequestro de opositora um dia antes da posse de Maduro

A oposição da Venezuela denunciou nesta quinta-feira, 9, o sequestro de sua líder, María Corina Machado. “María Corina foi violentamente interceptada à sua saída da concentração em Chacao”, afirmou uma publicação da campanha da política no Twitter/X. “Tropas do regime atiraram contra as motocicletas que a transportavam.”

Os homens que a raptaram estavam encapuzados e portavam armas de fogo. Algumas horas depois, o partido de Corina informou que sequestradores a libertaram, mas, antes, a obrigaram a gravar vídeos.

Fraudes nas eleições da Venezuela

A oposição, liderada por Corina, tem denunciado manipulações nas eleições, realizadas em 28 de julho de 2024. O Supremo Tribunal venezuelano a impediu de concorrer à Presidência em janeiro de 2024, alegando “irregularidades administrativas” durante o mandato dela como deputada.

Corina Yoris, que substituiria María Corina, também não conseguiu formalizar sua candidatura. Dessa forma, quem concorreu contra Maduro foi o diplomata Edmundo González. Ele não consegue voltar à Venezuela, sob o risco de ser preso.

Venezuela
Maduro Toma Posse Nesta Sexta-Feira, 10, Apesar De Denúncias De Fraude Nas Eleições | Foto: Leonardo Fernandez Viloria/Reuters

O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, controlado pela ditadura, anunciou a vitória de Maduro. O órgão, porém, não divulgou os boletins de urna.

O Centro Carter, organização criada pelo ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter, se manifestou e afirmou que as eleições na Venezuela “não foram democráticas”.

Fonte: revistaoeste

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