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Dresch assume erro pelo rebaixamento do Cuiabá: Sou responsável pelas decisões

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Ari Miranda

Única News

O presidente do Cuiabá, Cristiano Dresch, admitiu que errou na condução do clube na temporada 2024 e os fatos que resultaram no rebaixamento para a série B. A afirmação foi feita nesta sexta-feira (13) pelo dirigente esportivo, em entrevista ao Podcast “Dinheiro em Jogo”, do portal Globo Esporte.

Na série A desde 2021, o Dourado terminou o Campeonato brasileiro deste ano na lanterna da competição, com apenas 30 pontos conquistados em 38 rodadas. O fracasso, de acordo com Dresch, não se deu pela falta de recursos financeiros. Ele revelou que no meio do ano, preferiu “segurar o caixa” durante a janela de transferências ao invés de investir em novas contratações.

“Eu assumo a responsabilidade [pelo rebaixamento]. (…) O Cuiabá tem dois donos, mas a gestão é minha, eu tomo as decisões e eu errei. Mas é óbvio que, tendo mais dinheiro, por exemplo, numa janela de transferências que a gente teve no meio do ano, qual foi a nossa postura? ‘Tirar o pé’ para não contratar. Talvez errar e chegar agora com um fluxo de caixa muito pior do que a gente tem hoje”, disse Cristiano.

“A gente não tinha condições de trazer e investir em contratações. Eu acabei preferindo tirar o pé do acelerador nem que o clube caia, mas não vai cair endividado”, disse.

Após quatro anos na Série A, o Dourado foi matematicamente rebaixado faltando três rodadas para o fim do campeonato, terminando a competição na “lanterna” do campeonato e fadado a disputar a Série B no ano que vem.

O dirigente, no entanto, lembrou que na virada de 2023 para 2024, a equipe Auriverde estava em boas condições e o cenário parecia favorável ao clube.

“Um clube como o Cuiabá é visto como um ‘trampolim’ pelos atletas e treinadores. Pela primeira vez, a gente virou ano com um treinador. António Oliveira fez a melhor campanha do Cuiabá na Série A. Mantivemos o técnico, fizemos um projeto de elenco desenhado em cima do trabalho do António Oliveira”, afirmou.

Todavia, Dresch lembrou que o planejamento começou a dar errado com a saída inesperada do técnico António Oliveira, que em fevereiro foi para o Corinthians, após a demissão de Mano Menezes pela diretoria do Timão e a contratação de um técnico que suprisse a lacuna deixada pelo português.

“A reposição de um treinador foi o grande problema que eu tive. Demorei muito para contratar um técnico”, admitiu o cartola, lembrando que a substituição do treinador não foi a contento, já que o substituto, o também português Armando ‘Petit’, não se adaptou ao futebol brasileiro e decidiu deixar o Cuiabá.

“Foram casos inéditos que eu tive aqui, no mesmo ano, dois treinadores pediram demissão. Acredito muito que se o Petit tivesse continuado, a gente teria conseguido. Mas isso são águas passadas, pontuou.

Com o adeus à série A, a equipe mato-grossense agora está de férias. Porém a diretoria segue os trabalhos, desta vez para refazer o planejamento para 2025, como negociações de atletas com altos salários, como o atacante Isidro Pitta; e aquisições de novos jogadores com faixas salariais mais “em conta” e de acordo com a realidade imposta pela série B.

O Dourado tem seu primeiro compromisso de 2025 marcado para o dia 11 de janeiro, no clássico contra o Operário Várzea-crandense, em partida válida pela primeira rodada do Campeonato Mato-grossense.

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Fonte: unicanews

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