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Exposição histórica de 50 anos do Museu de Arte e Cultura Popular: uma celebração reflexiva

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O Museu de Arte e Cultura Popular (MACP) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) inaugura nesta quinta-feira (12), às 19h, a exposição “Memória Biocultural [narrativas e resistências em 50 anos do MACP/UFMT]”, marcando o cinquentenário do museu e os 54 anos da universidade. Com curadoria de Ruth Albernaz, a mostra reúne mais de 80 obras de 51 artistas do acervo, convidando o público a refletir sobre temas atuais e de relevância global. A classificação indicativa é de 14 anos.

Dividida em três núcleos temáticos, a exposição estabelece diálogos entre o acervo histórico do museu e questões contemporâneas. Em Memória Biocultural, exploram-se as conexões entre os saberes tradicionais, as práticas culturais e a biodiversidade. Nos Manifestos Socioecológicos, as obras se erguem como críticas incisivas às desigualdades e injustiças sociais agravadas pela degradação ambiental. Já em Emergência Climática, o foco recai sobre os impactos alarmantes da exploração descontrolada do planeta e o chamado urgente por soluções globais. A exposição reafirma, ainda, o papel do MACP como um espaço de referência na reflexão e resistência cultural ao longo de 5 anos, reforçando seu compromisso com a promoção de diálogos entre arte, cultura e sociedade.

Reprodução

Iranche, Desmatamento, 1980

Iranche, Desmatamento, 1980

Para a curadora, Ruth Albernaz, a exposição transcende os limites do tempo: “Trata-se de uma importantíssima exposição histórica que demonstra a força do acervo do museu em cinco décadas, com obras que dialogam com pautas essenciais, mostrando a importância da arte e da cultura nas discussões atuais.”

A pró-reitora de Cultura, Extensão e Vivência, Lisiane Pereira de Jesus, destaca a relevância da exposição como um marco de valorização do patrimônio artístico e cultural de Mato Grosso. Para ela, o evento simboliza a amplitude da atuação do museu ao longo das décadas:
“Essa exposição não apenas celebra o aniversário do MACP, mas evidencia o papel do museu na preservação, valorização e difusão da arte e cultura mato-grossenses. Além disso, reforça sua inserção social, contribuindo com a formação e inclusão, pilares fundamentais da UFMT.”
A celebração também sinaliza novos compromissos institucionais para o futuro do MACP. A nova reitora da UFMT, Marluce Souza, ressalta os desafios da gestão na preservação do acervo e no fortalecimento do papel educacional do museu:

“Nossa gestão tem como desafio implementar ações efetivas no campo da museologia e museografia, assegurando o pleno funcionamento do museu e a preservação de seu acervo, além de consolidar seu papel formador para nossos estudantes.”

Entre os destaques da mostra, está o programa educativo, concebido pelos arte-educadores Caio Ribeiro e Ruth Albernaz, em parceria com grupos de pesquisa da UFMT. A agenda inclui oficinas, visitas mediadas e atividades de extensão, ampliando o alcance e o impacto das reflexões propostas pela exposição. Para Caio Ribeiro, essa iniciativa é indispensável para a conexão entre o público e as narrativas expostas:

“O programa educativo é a alma de uma exposição. A mediação cultural é indispensável, especialmente em uma mostra histórica como esta. Os grupos de pesquisa, por sua vez, garantem que os discursos da exposição reverberem em por toda a universidade.”

Reprodução

Humberto Espíndola, Devastação da Amazônia. 1980

Humberto Espíndola, Devastação da Amazônia. 1980

• O que: Exposição “Memória Biocultural [narrativas e resistências em 50 anos do MACP/UFMT]”
• Quando: abertura em 12 de dezembro, às 19h
• Onde: Museu de Arte e Cultura Popular (MACP), UFMT, Cuiabá
• Entrada: gratuita
• A exposição estará aberta ao público com uma programação especial de atividades educativas e culturais, reafirmando o papel do MACP como um espaço dinâmico de diálogo, preservação e construção de saberes.

Fonte: hnt

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