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China condena jornalista a 7 anos de prisão: ditadura e liberdade de imprensa em foco

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Um tribunal na condenou Dong Yuyu, um editor e colunista veterano de um jornal do Partido Comunista, a sete anos de prisão sob acusações de espionagem. A família alega que a prisão é retaliação por suas críticas ao regime, servindo como um aviso aos cidadãos chineses sobre o envolvimento com estrangeiros.

Dong, de 62 anos, foi preso em 2022, enquanto almoçava com um diplomata do Japão em Pequim. O japonês foi liberado depois de uma breve detenção, mas o jornalista, que realizava encontros regulares com estrangeiros como parte de seu trabalho, enfrentou um destino diferente.

Dong Yuyu e a defesa dos valores democráticos

As atividades do jornalista incluíam expressar apoio ao Estado de Direito e à democracia, valores frequentemente suprimidos na China. Dong, que não é membro do , frequentemente escrevia sob pseudônimo para contornar restrições.

A repressão a vozes dissidentes aumentou desde que Xi Jinping assumiu o poder, em 2012. Sob seu governo, o espaço para opiniões divergentes foi drasticamente reduzido, e a população foi incentivada a suspeitar de influências externas, com a suposta espionagem estrangeira se tornando uma preocupação do regime.

Acusação e julgamento do jornalista na China

Segundo a família de Dong, o jornalista ficou incomunicável por seis meses depois de sua detenção em 2022, antes de ser formalmente preso. O julgamento, realizado a portas fechadas, só ocorreu em julho, e o veredicto foi frequentemente adiado.

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O Presidente Da China Xi Jinping Em Evento No Palácio Do Planalto | Foto: Marcos Corrêa/Pr

As acusações contra Dong citavam encontros com diplomatas japoneses, como o ex-embaixador Hideo Tarumi, sugerindo que ele estava envolvido com agentes de espionagem. Em uma declaração, a família de Dong classificou sua condenação como “grave injustiça” contra ele e “todo jornalista chinês de pensamento livre”.

O impacto na carreira de Dong e a repressão crescente

De acordo com a família de Dong, ele está sendo visto como traidor em seu país, apesar de ter lutado por uma sociedade melhor. O jornalista começou a carreira no Guangming Daily em 1987, destacando-se por reportagens sobre corrupção e desigualdade social, além de contribuir para publicações progressistas chinesas.

Sua carreira incluiu um período como bolsista Nieman na Universidade Harvard em 2006 e como pesquisador visitante em universidades japonesas. Essas experiências, que anteriormente eram encorajadas, agora são vistas com suspeita pelo governo chinês.

Desde que Xi Jinping assumiu o poder, as restrições à liberdade de expressão se intensificaram, e os jornalistas foram obrigados a alinhar-se com as diretrizes do Partido Comunista. Mesmo depois que o Guangming Daily rotulou parte de seu trabalho como antissocialista, Dong continuou a escrever sob pseudônimos.

A situação de Dong destaca um padrão de repressão crescente a cidadãos chineses que mantêm contato com diplomatas estrangeiros. Em 2023, dois ativistas, Yu Wensheng e Xu Yan, foram detidos depois de tentarem se encontrar com diplomatas da União Europeia.

Fonte: revistaoeste

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