A vitória de Donald Trump na disputa eleitoral dos Estados Unidos poderá expor uma “fraude” sobre a acusação de que Filipe Martins teria entrado nos EUA ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro, no final de 2022. É o que acredita o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Martins, ex-assessor especial para assuntos internacionais da Presidência da República, foi acusado de ter viajado para os EUA de forma ilegal. Ele estava na lista de convidados, mas não chegou a embarcar no avião.
A suposta viagem foi utilizada como justificativa pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (), para ordenar a prisão de Martins por seis meses. O ex-assessor foi libertado em agosto, depois de uma nova decisão do magistrado, que concedeu a ele liberdade provisória.
Eduardo Bolsonaro argumenta que a eleição de Trump pode ajudar a esclarecer a alegada fraude e comprovar que a acusação é falsa. “Foi inserida uma entrada falsa do Filipe Martins no território americano por burocratas de imigração”, afirmou o parlamentar ao jornal Gazeta do Povo. “E isso, agora que passaram as eleições, virá à tona através do Congresso dos EUA.”
O deputado mencionou estar em contato com republicanos para que investiguem o caso de Martins. “Pegando as informações corretas, achando a pessoa que alterou a entrada do Filipe Martins nos EUA, a gente provavelmente também chegará nas autoridades brasileiras que provocaram os americanos para fazer essa inserção falsa.”
O ex-assessor especial para assuntos internacionais foi preso por seis meses sob a alegação de ter viajado com Jair Bolsonaro para os Estados Unidos em dezembro de 2022. No entanto, seus advogados comprovaram que ele estava no Brasil, em trânsito de Brasília para Curitiba.
Conforme , aos quais teve acesso, Martins esteve em uma lanchonete no centro de Brasília, em 30 de dezembro. No dia seguinte, ele se dirigiu ao aeroporto da capital federal para viajar para Curitiba, segundo a companhia aérea latam.
Ao chegar à cidade, ele também usou o serviço por aplicativo, de acordo com os comprovantes. Na ocasião da presença de Martins em Curitiba, Bolsonaro já havia embarcado para os EUA.