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População de Várzea Grande protesta contra suspensão de serviços – Entenda a situação e suas consequências

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“Na sexta-feira fomos informados que o prefeito decidiu cancelar o que estava em vigor até fevereiro, e assim o atendimento foi interrompido”, o desabafo é de uma mãe, cujo filho está no Espectro Autista e era atendido pelo Campi, em Várzea Grande. “Essa decisão é extremamente prejudicial, pois nossos filhos dependem desses tratamentos e terapias para se desenvolver”, completa, preocupada a autônoma, que prefere não se identificar.

O relato é apenas mais um dos que têm sido ouvidos nos últimos dias. Logo após as eleições, quem precisou de na Rede Cegonha foi pego de surpresa ao não conseguir ser atendido porque os profissionais foram demitidos. À época, a Prefeitura disse que medidas estavam sendo tomadas, por conta da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), mas garantiu que a população estava com atendimento garantido.

Contudo, um mês depois, as reclamações indicam que as consultas não são realizadas. Uma paciente relatou que, ao chegar para a consulta obstétrica, não foi atendida e foi informada que o médico responsável havia sido dispensado por causa da nova gestão municipal. Entretanto, a troca de prefeitos, de Kalil Baracat () para Flávia Moretti (PL), só será realizada em 1º de janeiro de 2025.

“Eu peguei dinheiro emprestado para fazer meus exames na rede particular para não perder a consulta. Mas agora, ficou para dezembro. Já não basta a gente se consultar apenas uma vez por mês e ainda acontece isso! O que está acontecendo?”, questiona a jovem T.C.

O que diz a Prefeitura de Várzea Grande?

A Prefeitura de Várzea negou que os serviços de saúde tenham sido suspensos, mas confirmou que há, sim, uma readequação nos atendimentos das unidades, observando a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Contudo, apontou que o quadro atual é resultado da alta procura de atendimentos, uma vez que o Município recebe pacientes de outras localidades.

Quanto ao serviço de terapias aos pacientes que estão no Espectro Autista, a gestão municipal disse que a reclamação não procede.

Veja abaixo o posicionamento da Prefeitura:

“Informamos que medidas de austeridades exigidas pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) para fim de mandato foram adotadas, mas todas elas com as devidas manutenções dos serviços essenciais, como é exemplo dos contratos de segundo vínculo da área médica rescindidos, mas reforçados os atendimentos e escalas por médicos concursados.

As escalas das unidades de saúde estão completas. Como a demanda sempre é maior que a oferta e o atendimento nas unidades de saúde de Várzea Grande não tem custo nenhum, é porta aberta, como exige o Serviço Único de Saúde (SUS), atendemos pessoas de várias cidades e até mesmo Estado, quando não de países vizinhos. Cada unidade de saúde uma Ouvidoria do SUS, que é do Ministério da Saúde, para eventuais reclamações.

Sobre o contrato do Campi, não há rescisão, está ativo e os atendimentos mantidos até o fim do ano letivo.”

Fonte: olivre.com.br

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