Via @portalg1 | Milton Ferreira da Silva, de 75 anos, está lutando para conseguir de volta sua aposentadoria. Ele não recebe o dinheiro desde dezembro de 2023 porque outra pessoa, com um nome idêntico, morreu. Pela coincidência, o idoso foi dado como morto e teve o benefício cancelado. Veja o vídeo no final da matéria.
O idoso mora em Porto Nacional, na região central do estado, e tentou comprovar que está vivo diversas vezes ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), apresentando documentos como certidão de nascimento, comprovante de residência e até fez a prova de vida no próprio órgão.
“Cheguei no banco e eles mandaram eu ir no INSS. Cheguei lá no INSS e eles falaram que era óbito. Eu disse ‘moço, eu tô aqui conversando com vocês, como é que eu sou óbito’, aí ‘aqui nós não podemos fazer nada'”, relatou sobre o atendimento na unidade.
O Milton Ferreira que está vivo descobriu que além de ter o mesmo nome do homem que morreu, os pais de ambos também tinham os mesmos nomes.
Em nota à TV Anhanguera, INSS afirmou que está averiguando as informações.
O idoso depende do dinheiro para pagar as despesas de casa, além da alimentação e medicações. Ele é hipertenso e precisa de tratamento ortopédico por causa de um acidente de moto que sofreu há dois meses, além de enfrentar problemas cardíacos.
O aposentado também já procurou a Defensoria Pública em palmas e a Polícia Federal. Com ajuda da filha Flávia Ferreira dos Santos Silva, que é funcionária pública, a família teve que contratar um advogado para tentar reverter a situação.
Milton não tem nenhum dinheiro na conta bancária e a espera continua, pois o INSS tem até o fim desse mês para apresentar uma solução.
“Teve uma movimentação no processo e que o INSS tem até o dia 25/11 para dar uma resposta, o por quê de não estar liberando o pagamento dele, sendo que já com comprovado com prova de vida, documentação exigida, tudo que eles pediram a gente cumpriu. E aí o INSS tem que dar essa resposta”, explicou Flávia.
Para ajudar, ele consegue receber remédios nos postos de saúde da cidade, mas para as outras despesas, depende de favores e da ajuda dos familiares. Ele aguarda a retomada de seu benefício com esperança e cansaço.
Milton mostra certidão de óbito que não é dele — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
Flávia também lamentou a situação, levando em consideração que o pai sempre trabalhou para contribuir para a aposentadoria.
“É constrangedor. Ele sempre trabalhou para hoje estar numa vida tranquila e não, ele está dependendo da gente, coisa que ele nunca fez, porque ele sempre teve o dinheiro dele. Sempre contribuiu com o INSS para ter uma vida sossegada na idade que ele está, só que não é o que está acontecendo”.
Por Patricia Lauris, Jackeline Teixeira, g1 Tocantins e TV Anhanguera
Fonte: @portalg1