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Preguiça: descubra os benefícios da lei do menor esforço

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Nossos dicionários conceituam preguiça como “Tendência de uma pessoa para evitar ou recusar o esforço; indolência; vadiagem.

A preguiça pode ser vista como inércia ou repugnância por toda forma de trabalho, uma aversão a qualquer esforço, seja de ordem física ou mental. O preguiçoso é um procrastinador por natureza, põe-se na condição de espectador do mundo, sem vontade de contribuir para mudanças da vida.

Quem detém a preguiça não acata bem os estímulos que vêm de fora. As atividades do dia a dia são quase sempre adiadas. A vontade é não fazer nada, a não ser comer, beber e descansar, mesmo sem estar cansado. O preguiçoso é avesso a metas ou objetivos, porque isso é algo que demanda trabalho, atividade de qualquer ordem.

A preguiça provoca um círculo vicioso que funciona da seguinte maneira: falta de vontade que leva à não execução de tarefas, que conduz à inatividade, que leva à insatisfação, ao desânimo, à apatia e, consequentemente, ao aumento da falta de vontade de executar novos e velhos trabalhos. Isso tudo termina por trazer prejuízos a vida social e acadêmica do indivíduo preguiçoso.

Ninguém quer uma pessoa assim em seu grupo de amigos ou colegas de profissão ou de estudo. Todos sabem que a falta de interesse de um na realização de tarefas termina sobrecarregando os outros e atrasando compromissos.

Marcos Estevão, psiquiatra

O preguiçoso parece sempre estar negligenciando suas próprias responsabilidades. Muitas promessas são feitas e poucas são cumpridas. As pessoas a sua volta deixam de confiar no que diz se propor a fazer e termina sendo isolado dos demais.

Para o cristianismo, a preguiça é mais um pecado capital, o sétimo deles, que traduz o desperdício do potencial humano e impossibilidade de desenvolvimento pessoal e espiritual.

Para a psiquiatria há de se investigar a possibilidade de ser algo patológico, como, por exemplo, um quadro depressivo ou um transtorno de déficit de atenção ou uma síndrome amotivacional causada por cannabis ou um quadro fóbico social ou outros problemas psíquicos ou físicos. Quando reconhecida uma patologia, o tratamento se faz necessário, tanto psiquiátrico, quanto psicológico.

Quando, em vez de problema, é um traço da personalidade, aprendido e incentivado desde a infância, há necessidade de que a pessoa dominada pela preguiça, passe a dominá-la. Isso pode acontecer quando o preguiçoso percebe que está tendo muitas perdas na vida por causa da preguiça, quando percebe que em vez de conforto, está tendo prejuízos diários, dentro de uma rotina de indolência.

A disciplina e a responsabilidade, com metas e planos para o futuro são essenciais para a solução deste problema. Ao vencer etapas e observar produtividade, a motivação reaparece como uma forte aliada no combate à preguiça, que deve ser vista como um dos grandes obstáculos a serem superados na existência humana.

Por fim, é preciso saber quando a preguiça é um sintoma de algum transtorno mental e neste caso precisa ser tratado por um profissional de saúde mental habilitado. Por outro lado, quando se trata de um traço de caráter, é importante seguir as orientações feitas acima, dividindo as tarefas maiores em algumas etapas menores, buscando a motivação na conclusão cada parte do trabalho.

Fonte: primeirapagina

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