Via @jornaloglobo | A Justiça de São Paulo arquivou nesta sexta-feira o inquérito policial que investigava a morte do golden retriever Joca, de 5 anos, durante serviço de transporte da empresa Gol em abril. O pedido partiu do Ministério Público do estado (MP-SP), que afirmou não haver elementos suficientes para o oferecimento de denúncia de maus-tratos contra a companhia aérea.
Joca deveria ter sido transportado de Guarulhos (SP) para Sinop (MT), mas acabou sendo mandado a Fortaleza por um erro da Gollog, empresa de logística da Gol. Depois, voltou para Guarulhos. Mas a viagem que deveria durar duas horas e meia levou oito horas, e o golden não resistiu.
Ao ir para o aeroporto paulista após ser informado do erro, o tutor João Fantazzini encontrou o cão sem vida dentro da caixa onde foi transportado. O cão ficou cerca de uma hora e meia aguardando sob o sol na pista do aeroporto de Fortaleza, impedido de sair da caixa onde viajou e sem comer ou beber.
O juiz Gilberto Azevedo de Moraes Costa argumentou, na decisão, que “não houve intenção de maltratar o cão Joca. Se vê nos autos uma sucessão de condutas culposas, advindas de negligência e imprudência, praticadas por funcionários da companhia”.
“Ainda, não há elementos aptos a demonstrar a ocorrência de maus-tratos e sofrimento do cão Joca em razão desta circunstância. Os funcionários que tiveram contato com Joca após sua chegada em Fortaleza noticiaram que ele estava bem e calmo, sem aparente situação de estresse”, complementou.
A Gol disse, em nota, que “contribuiu com a apuração dos fatos junto às autoridades competentes e respeita a decisão judicial.”
A defesa do tutor de Joca disse que vai recorrer da decisão. O golden retriever, segundo relato da família, foi um apoio para ele superar uma depressão durante a pandemia. Em entrevista à TV Globo, Fantazzini disse que tinha um atestado veterinário indicando que o cão suportaria no máximo uma viagem de duas horas e meia.
Fonte: @jornaloglobo