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Política

Lula planeja investir R$ 4 bilhões em companhias aéreas, fora da meta fiscal

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Nesta quarta-feira, 16, o de Luiz Inácio Lula da Silva apresentou ao Congresso Nacional um projeto de lei que propõe o envio de R$ 4 bilhões do Fundo Nacional de Aviação Civil () em auxílio às companhias aéreas. O texto enviado Planalto esclarece que, se o socorro for aprovado, não será incluído na meta fiscal.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), sob presidência de Aloizio Mercadante, será o agente financeiro do projeto.

Embora ainda não divulgado publicamente, detalhes revelam que a articulação da medida teve ajuda do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), além de apoio do apoio do governo, o jornal O Globo.

Aviões em manobra no Aeroporto de Congonhas, em Guarulhos (SP)
Desde A Pandemia De Covid-19, As Companhias Aéreas Enfrentam Dificuldades Financeiras | Foto: Ton Molina/Fotoarena/Estadão Conteúdo

Desde a pandemia de covid-19, as companhias aéreas enfrentam dificuldades financeiras. A Gol Linhas Aéreas, por exemplo, entrou em recuperação judicial nos Estados Unidos — medida já adotada pela Latam Airlines. O setor ainda não recuperou os níveis de passageiros de antes da pandemia.

A proposta de Lula pode ser vista como um artifício fiscal, pois considera o crédito de R$ 4 bilhões como suplementar. Dessa forma, ele será excluído da meta fiscal de 2024, que prevê um déficit de R$ 28,8 bilhões. Caso o montante proposta fosse incluído, o valor impactaria significativamente a contenção das contas públicas.

Avião, em alusão ao Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC)
O Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC) é um fundo de natureza contábil e financeira, vinculado ao Ministério da | Foto: Reprodução/GovBR

O FNAC é composto de taxas pagas pelos passageiros ao comprar passagens aéreas. Tradicionalmente, esses recursos eram destinados a investimentos em infraestrutura aeroportuária. Contudo, uma mudança na Lei Geral do Turismo, sancionada por Lula, agora permite o uso do fundo para conceder crédito às empresas aéreas.

Ainda conforme o jornal, a alteração gera preocupação em segmentos do Congresso e do mercado, que temem que o governo do PT repita práticas fiscais do passado, como na gestão de Dilma Rousseff.

Objetivamente, o projeto de lei visa a fortalecer o setor aéreo, mas também pode subsidiar a compra de querosene de aviação em aeroportos da Amazônia Legal. Ele ainda precisa de aprovação da Comissão Mista de Orçamento e do plenário Congresso, mas, com apoio de Lira, pode enfrentar menores obstáculos.

Fonte: revistaoeste

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